Dirigentes católicos visitaram campo de refugiados de Marratane
Os requerentes de asilo e os deslocados de guerra, com residência no território moçambicano, passam a ter um tratamento especial, por parte da Igreja Católica que projecta a instalação das comissões diocesanas ligadas a esta matéria em todo o país.
O facto foi anunciado na cidade de Nampula, pelo Arcebispo de Inhambane, Dom Adriano Langa, na qualidade de Presidente da Comissão Episcopal para Migrantes, Refugiados e Deslocados.
De acordo com o Bispo, o que se pretende é que cada Diocese tenha uma estrutura autonomia que possa se lidar com questões dos emigrantes dentro e fora do país.
Recorde-se que a direcção daquela organização episcopal esteve reunida semana passada em Primeira Conferencia Nacional para esclarecer aos futuros coordenadores diocesanos daquele órgão a cerca dos objectivos que se pretende alcançar, num país com grande afluxo de deslocados e requerentes de asilo.
Os representantes da Igreja Católica deslocaram-se ao campos de acomodação dos refugiados e requerentes de asilo de Marratane, local onde afirmam ter constatado várias situações de carácter politico e administrativo que necessitam de uma intervenção imediata.
Dom Langa disse que a deslocação a Marratane, onde vivem mais de três mil pessoas de diferentes nacionalidades serviu para uma interacção com responsáveis do Instituto Nacional de Apoio aos Refugiados, INAR e do Alto Comissariado para os Refugiados, ACNUR.
Refira-se que Moçambique aderiu a convenção relativa ao estudo sobre questões de emigrantes em 22 de Outubro de 1983. E hoje conta com milhares de refugiados, a maior parte dos quais provenientes dos Grandes Lagos.
Fonte: Voz da América