Crianças nas fronteiras da província de Katanga, na República Democrática do Congo (RDC). (Foto: OCHA/Gemma Cortes)
A Organização das Nações Unidas pediu nesta quarta-feira (27) ao governo da República Democrática do Congo (RDC) que tome uma ação imediata em função dos relatos alarmantes de desaparecimento e assassinato de crianças e jovens.
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF ) e a missão de paz da ONU na RDC (MONUSCO ), as denúncias coincidem com uma operação inciada pelo governo na semana passada para combater a delinquência em Kinshasa, chamada de “Operação Likofi” (‘soco’).
“De acordo com informações recebidas, que estão sendo atualmente verificadas, pelo menos 20 pessoas, incluindo 12 crianças, foram mortas”, afirmou um comunicado emitido pelas duas organizações.
“O UNICEF e a MONUSCO pedem que medidas imediatas sejam tomadas pelas autoridades congolenses para pôr fim a tais atos”, dizia a declaração. A agência e a missão de paz lembram que o Estado deve, em todas as circunstâncias, garantir que os direitos humanos sejam protegidos e que crianças recebam proteção especial, de acordo com as leis da RDC e tratados e acordos internacionais.
“As investigações devem ser realizadas pelas autoridades judiciais para que os responsáveis por esses atos sejam levados à justiça, de acordo com o Código Penal congolês”, afirmaram as organizações.
A declaração também reitera a disponibilidade das Nações Unidas para “apoiar o governo congolense em sua busca por soluções duradoras para os problemas referentes à reintegração social de crianças e jovens.”
