Pelo menos 83 pessoas, entre elas 28 crianças, morreram em um ataque aéreo do Exército sírio contra diferentes bairros da cidade de Aleppo, no norte do país, informou nesta segunda-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). O número de vítimas fatais pode subir, já que há mais de 50 feridos em estado grave, segundo o OSDH. A ofensiva militar teve início neste domingo, quando uma frota de helicópteros do regime do ditador Bashar Assad sobrevoou a cidade e lançou barris com explosivos sobre os bairros de Ard al Hamra, Al Haidaria, Karam el-Beik, Al Sajur e Sheikh Said, entre outras.
O Centro de Mídia Aleppo, uma rede de ativistas que atua na Síria, classificou os ataques na cidade como uma violência “sem precedentes” contra a população de Aleppo, relatou a rede Al Jazeera. Filmagens espalhadas por ativistas locais em mídias sociais mostraram um incêndio em uma rua estreita, coberta de detritos e poeira após um ataque aéreo no distrito de Karam el-Beik. Outros vídeos mostram pessoas carregando os feridos em cobertores e tratores removendo detritos em um bairro destruído.
Em resposta, várias facções rebeldes advertiram que todos os centros militares e de segurança do regime são alvo de seus ataques e deram 24 horas aos civis para sair dessas regiões. A Brigada de Al Sham ameaçou bombardear com projéteis as cidades de Nobl e Al Zahra, de maioria xiita, se o ataque contra Aleppo continuar. Segundo a ONU, mais de 100 000 pessoas morreram na Síria desde o início do conflito em março de 2011. Além disso, mais de 2,3 milhões de pessoas fugiram da Síria desde o início da guerra civil, de acordo com um relatório da Anistia Internacional.
Ajuda da ONU – O primeiro avião de carga das Nações Unidas (OUN) que transporta alimentos para a população civil síria decolou de Erbil, na região norte do Iraque, e desceu em Hassakeh, na Síria. Os suprimentos devem ser suficientes para alimentar mais de 6 000 famílias sírias até o final de dezembro, segundo informações do Programa Alimentar Mundial da ONU.
Fonte: Veja com agência EFE