Com previsões negativas sobre crise na Síria, ONU lança apelo humanitário recorde

segunda-feira, dezembro 16, 2013

Refugiados sírios buscam abrigo | IKMRPrevendo uma piora na situação dentro da Síria e um contínuo fluxo de refugiados daquele país em 2014, agências da ONU lançaram nesta segunda feira um apelo aos doadores de US$ 6,5 bilhões – o maior feito até hoje para uma única operação de emergência humanitária. A crise na Síria já produziu mais de 2 milhões de refugiados, apenas nos países vizinhos.

Os planos de resposta humanitária à crise da Síria foram apresentados aos doadores hoje, em Genebra, pelos chefes do Escritório de Coordenação Humanitária da ONU (OCHA), Valerie Amos, e do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR), António Guterres.

As duas organizações representadas por Amos e Guterres lideram a resposta humanitária internacional, com a participação de inúmeras agências e organismos internacionais, dentro da Síria e nos países vizinhos.

“Quando olhamos para o quarto ano desta terrível crise, vemos que quase 75% dos cidadãos sírios necessitarão de ajuda humanitária em 2014. Com a ajuda da comunidade internacional, as Nações Unidas, o Crescente Vermelho e ONGs parceiras continuarão entregando ajuda vital e meios de proteção para as crianças, mulheres e homens engolfados por este conflito”, disse Valerie Amos.

O apelo lançado nesta segunda-feira tem como base projeções sobre necessidades humanitárias contínuas e deslocamentos humanos em larga escala em 2014, tanto dentro da Síria como nos seus países vizinhos. Cerca de US$ 2,3 bilhões dos US$ 6,5 bilhões solicitados é para o Plano Humanitário de Resposta e Assistência à Síria (SHARP, do inglês Syria Humanitarian Assistance Response Plan), liderado pela OCHA e focado nas vítimas do conflito que seguem dentro da Síria.

Os restantes US$ 4,2 bilhões são para Plano de Resposta Regional 6 (RRP6, do inglês Regional Response Plan 6), liderado pelo ACNUR para ajudar refugiados e países vizinhos ao conflito. De forma geral, o apelo representa o apoio às atividades implementadas por mais de 100 organizações parceiras – agências da ONU e ONGs nacionais e internacionais – que estão trabalhando conjuntamente para atender as necessidades dos sírios.

“Estamos enfrentando uma situação terrível na qual, ao final de 2014, praticamente a maioria da população síria estará deslocada e em necessidade de ajuda humanitária”, afirmou o Alto Comissário da ONU para Refugiados, António Guterres. “Tal situação está além de qualquer outra vista em muitos anos, o que torna ainda maior a necessidade de uma solução política”, disse.

Para Guterres, “o apoio à resposta humanitária internacional tornou-se uma questão de vida e morte, sendo crucial uma solidariedade internacional massiva que não apoie apenas os sírios, mas também os países que generosamente estão acolhendo estes refugiados”. Ele lembrou que “a crise na Síria está tendo um impacto dramático nas economias, na sociedade e até mesmo na segurança” destes países.

Mais de 2,3 milhões de pessoal já fugiram da Síria desde o início do conflito, em março de 2011, representando um dos maiores êxodos da história recente. O apoio aos países vizinhos inclui a ajuda às comunidades que acolhem refugiados no Egito, Iraque, Jordânia, Líbano e Turquia, provendo abrigo, proteção e outros serviços básicos. As projeções do Plano de Resposta Regional 6 estimam uma população refugiada de 4,1 milhões de pessoas ao final do próximo ano.

Valerie Amos enfatizou a necessidade de uma solução política para acabar com o sofrimento da população síria. “Como trabalhadores humanitários, nosso foco é o de continuar a fazer todo o possível para alcançar as pessoas e salvar suas vidas. Isso inclui mobilizar fundos e pedir o compromisso de todos que têm influência sobre as partes deste conflito para que assegurem o fluxo de ajuda e a proteção dos civis”, disse ela.

O Plano de Resposta Regional 6 pode ser acessado em  bit.ly/1cwC8XU  , e outros materiais de mídia estão disponíveis em www.unhcr.org/media-rrp6

Para outras informações, favor contatar:

· ACNUR Líbano: Peter Kessler (+962 79 631 7901), Roberta Russo (+961 71 910 320) e Dana Sleiman (+ 961 3 827 323)

· ACNUR Emirados Árabes: Mohammed Abu Asaker (+ 971 50 621 3552).

· ACNUR Jordânia: Aoife McDonnell (+ 962 7 9545 0379)

· OCHA Genebra: Jens Laerke (+ 41 79 472 9750 ou laerke@un.org )

· OCHA Nova York: Amanda Pitt (+1 917 442 1810 ou pitta@un.org )

· ACNUR Genebra: Melissa Fleming (+ 41 79 557 9122 ou fleming@unhcr.org ), Adrian Edwards (+ 41 79 557 9120 ou edwards@unhcr.org ) e Dan McNorton (+ 41 79 217 3011 oumcnorton@unhcr.org )

· ACNUR Washington: Brian Hansford (+1 202 999 8253)

· ACNUR Ottawa: Gisele Nyembwe (+1 613 986 4300)

· ACNUR Brasil: Luiz Fernando Godinho (+55 61 3044 5744)

Fonte: ACNUR

 


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