Várias agências humanitárias das Nações Unidas expressaram esta sexta-feira preocupação com a piora da situação na República Centro-Africana.
Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, a população civil precisa urgente de proteção. A agência fala em “atrocidades” e afirma que o aumento das tensões pode resultar em um massacre em larga escala.
Mortes
Em Genebra, a porta-voz do Unicef, Marixie Mercado, afirmou que “todas as crianças na República Centro-Africana foram afetadas” e são cada vez mais forçadas a lutar nos conflitos.
Já o escritório de Direitos Humanos da ONU destaca que na quinta-feira, dezenas de pessoas foram mortas na capital Bangui e em Bossangoa, incluindo sete crianças.
Rebeldes
O porta-voz do escritório, Rupert Colville, explica que milícias conhecidas como “anti-Balaka” teriam realizado ataques coordenados com armas pesadas que duraram várias horas. As ações tinham como alvo ex-rebeldes Seleka e muitos foram assassinados.
Em retaliação, civis muçulmanos teriam fornecido armas aos ex-rebeldes Seleka e vários ataques entre comunidades de cristãos e de muçulmanos ocorreram na capital do país, Bangui. Em um hospital, 10 pessoas foram executadas.
Segundo o escritório da ONU de Assistência Humanitária, Ocha, 4,3 milhões de civis precisam de ajuda. O Programa Mundial de Alimentos, PMA, precisou interromper a distribuição de comida em Bossangoa e Bangui, mas a agência garante que irá retomar as atividades assim que a situação permitir.
Fonte: Unmultimídia