Membros das forças de paz da ONU a serviço da Missão de Estabilização das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO) em patrulha. Foto: ONU/Sylvain Liechti
As forças de paz das Nações Unidas na República Democrática do Congo (RDC) entraram em alerta nesta segunda-feira (30) em meio a confrontos em curso entre as forças governamentais e homens armados não identificados, de acordo com um porta-voz da Organização.
A Missão das Nações Unidas no país, conhecida pela sigla MONUSCO, informou que as autoridades nacionais negociaram com os combatentes e restauraram a calma na cidade de Lubumbashi, no sudeste, e Kindu, no leste, afirmou o porta-voz da ONU, Martin Nesirky, a jornalistas em Nova York.
“A identidade e a motivação dos agressores ainda não estão claras neste momento”, disse Nesirky. Ele acrescentou que um funcionário nacional da MONUSCO foi ferido no tiroteio no aeroporto, mas está em condição estável.
Há também relatos de combates na capital, Kinshasa, que a imprensa tem relacionado à violência em meio a uma tentativa fracassada de golpe de Estado.
Segundo a imprensa internacional, nesta segunda-feira (30) pela manhã, em Kinshasa, os atacantes fizeram reféns vários jornalistas da televisão pública congolesa e, pouco depois, invadiram, aos tiros, o aeroporto internacional e o quartel-general das Forças Armadas.
Em Lubumbashi, segunda cidade e centro econômico do país, também houve registro de tiros. Além disso, “um pequeno grupo” atacou o aeroporto da localidade de Kindu, tendo sido “neutralizado”, sem maiores incidentes, afirmou um ministro citado pela imprensa.
Nos últimos dias, as forças de paz da ONU na parte leste do país ajudaram as Forças Armadas nacionais a retomar o controle de uma cidade após um ataque de um grupo rebelde de Uganda que deixou dezenas de mortos e muitas pessoas deslocadas.
Nas primeiras horas da quarta-feira (25), as Forças Democráticas Aliadas (ADF) e o Exército Nacional de Libertação de Uganda (Nalu) atacaram posições das Forças Armadas congolesas (FARDC) na cidade de Kamango, queimando casas e sequestrando dezenas de pessoas.
Seguindo seu mandato de proteger os civis, a MONUSCO apoiou as FARDC durante a operação contra o grupo rebelde, principalmente por meio da utilização de helicópteros de ataque, do fornecimento de apoio logístico e de evacuações médicas.
Em março de 2013, o Conselho de Segurança da ONU autorizou o envio de uma brigada de intervenção atuando dentro da MONUSCO para realizar operações ofensivas direcionadas, com ou sem o exército nacional congolês, contra os grupos armados que ameaçam a paz no leste da RDC. O comando das forças de paz da ONU no país é do general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz.
Fonte: ONU
