Enviada especial do ACNUR, Angelina Jolie conhece refugiados sírios no campo de Za’atari, na Jordânia. (Foto: ACNUR/JC Tanner)
Mais de 800 mil refugiados sírios no Líbano enfrentam frio, chuvas fortes e neve por causa da tempestade “Alexa” que atinge toda a região, afirma agência da ONU que, junto com parceiros humanitários, aumentou seus esforços para ajudar a todos.
A tempestade chegou ao Líbano na terça-feira (10) trazendo neve para as áreas mais elevadas e chuvas torrenciais acompanhadas por ventos fortes em todas as outras regiões do país. Relatórios afirmam que as condições climáticas são igualmente sombrias na Síria e na Turquia.
Segundo o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), o Líbano é o país que hospeda o maior número de refugiados sírios na região – mais de 838 mil. Ao contrário de outros países vizinhos da Síria, não há campos de refugiados estabelecidos – eles vivem em comunidades, em aproximadamente 1.600 áreas diferentes.
Com o apoio das Forças Armadas Libanesas, o ACNUR e seus parceiros conseguiram acelerar a distribuição de kits de abrigo de emergência adicionais – incluindo plástico, madeira e ferramentas – para cerca de 125 mil refugiados que vivem em tendas no Bekaa, leste do Líbano – que é até agora a região mais afetada.
A enviada especial do ACNUR, Angelina Jolie, disse que este “choque” deve incentivar a todos os envolvidos na conferência de paz, prevista para ser realizada no próximo mês em Genebra, a fazer todo o possível para acabar com o conflito na Síria que chega ao seu milésimo dia. Jolie observou que mais de 100 mil sírios já morreram, deixando o equivalente a 100 pessoas mortas todos os dias.
“Cada um dos últimos mil dias tem sido um pesadelo para o povo sírio”, disse Jolie em comunicado.
“Nós vamos olhar para trás com vergonha e seremos assombrados pelo nosso fracasso coletivo de evitar esta matança de inocentes… Não podemos voltar no tempo para o povo sírio. Mas temos o poder, como comunidade internacional, de evitar outros mil dias de derramamento de sangue e sofrimento.”
Fonte: ONU
