Escolas destruídas, famílias desalojadas, casas por reconstruir, milhares de refugiados – esta é a realidade atual de muitas das cidades da Síria, afetadas por uma guerra entre o regime de Damasco e as forças de oposição ao presidente Bashar al-Assad. Uma das cidades mais atingidas pelo conflito é Alepo (cerca de 300 quilómetros a noroeste da capital, Damasco), onde vivia a maior comunidade armênia do país, perto de 40 mil pessoas. Em novembro, o Conselho de Administração da Fundação aprovou uma contribuição para ajuda humanitária a essa comunidade, no valor de 120 mil euros, que será gerida por um conjunto de organizações presidido pelo Primaz de Alepo.
Os fundos concedidos através do Serviço das Comunidades Armênias destinam-se à recuperação de Alepo, mas também serão aplicados noutras comunidades, nomeadamente em Damasco. Durante o ano passado, a Fundação já tinha aprovado cerca de 80 mil euros para ajuda aos refugiados saídos da Síria. Ajudas ao ensino Obrigados a fugir à guerra, milhares de estudantes universitários sírios encontram-se hoje sem possibilidade de continuar os seus estudos. A pensar nesta situação de emergência, o antigo alto-comissário das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações, Jorge Sampaio, criou a Global Partnership for Syrian Students, em conjunto com outras organizações internacionais.
A ideia desta parceria é ajudar ao pagamento das propinas destes estudantes e acompanhá-los na sua formação nos países em que se encontram refugiados. A Fundação Gulbenkian vai apoiar esta iniciativa até 2015, concedendo cerca de 200 mil euros em bolsas para os estudantes sírio-armênios. Ainda no campo dos estudos universitários, cerca de 350 estudantes sírios refugiados na Arménia receberão ajuda do Serviço das Comunidades Arménias para completarem os seus estudos.
As escolas básicas e secundárias na Síria também não passaram incólumes pela guerra. Para que milhares de crianças possam continuar a estudar, a Fundação concedeu cerca de 125 mil euros para apoio a 22 escolas básicas e secundárias no país. Dados das Nações Unidas revelados em dezembro referem que esta guerra já causou mais de 130 mil mortos, dos quais mais de um terço são civis.
Fonte: Gulbekian