Milhares de crianças, dezenas de mulheres grávidas, jovens mães e idosas compõem a maioria dos refugiados que chegam ao campo de trânsito de Dzaipi, no norte de Uganda, fugindo do conflito no Sudão do Sul. Muitas são viúvas ou órfãos porque os homens decidiram ficar no seu país lutando.
“Muitas pessoas morreram lutando, temos muitos órfãos e viúvas”, explica o refugiado Elijah Daniel Aber Bol Deing, 24 anos. “Então muitos homens morreram”, afirma.
Mesmo quando chegam a Dzaipi, há homens que só deixam as suas famílias e voltam para o Sudão do Sul. Um deles foi Chol Bok, 27 anos. “Vou voltar”, ele disse. “Como posso ficar, se sou um homem? É meu país e eu devo estar lá para defendê-lo”, concluiu.
Em Uganda existem aproximadamente 50 mil refugiados vindos do Sudão do Sul. Eles fogem de um confronto, entre muitos, que opõe as forças leais ao presidente Salva Kiir às do seu ex-vice Piek Machar.
A agência da ONU para os refugiados (ACNUR) – que está fornecendo abrigo, comida, água, cuidados de saúde e proteção no terreno – está tentando mover, com a ajuda dos seus parceiros, os refugiados sul-sudaneses do centro de trânsito Dzaipi para alojamentos onde eles possam receber uma melhor proteção.
Fonte: ONU