Segundo o Alto Comissariado da ONU para Refugiados, somente na última semana, 65 mil pessoas fugiram da violência nas cidades de Fallujah e Ramadi, na província iraquiana de Anbar.
Com isso, sobe para 140 mil o total de civis desalojados desde o início dos conflitos entre tropas do Iraque e integrantes da Al-Qaeda, no fim de 2013.
Baixos Estoques
O Acnur destaca que os números são do Ministério da Migração do Iraque, sendo o maior volume de deslocados vistos no país desde a violência sectária de 2006 a 2008.
A agência da ONU cita que os novos desalojados vem a somar a mais de 1 milhão de pessoas que tiveram de deixar suas casas no Iraque e que agora vivem em Bagdá, Diyala e Ninewa.
O porta-voz do Acnur, Adrian Edwards, afirma que muitos civis em Anbar não conseguem sair das áreas afetadas pelo conflito e que os estoques de comida e de combustível já estão baixos.
Abrigo
Muitas pessoas estão na casa de parentes ou abrigadas em escolas, mesquitas e hospitais. As famílas que recebem os desalojados têm dificuldades para garantir a ajuda necessária.
O Acnur e parceiros distribuíram recentemente tendas, cobertores, colchonetes, comida e itens de higiene. Mas a agência lembra que a maioria dos desalojados precisa, desesperadamente, de ajuda alimentar e médica.
O escritório da ONU no Iraque pediu ao governo ajuda para abrir um corredor humanitário, com a meta de ajudar as famílias na província de Anbar. Nas últimas semanas, várias pontes foram destruídas nos conflitos.
Fonte: Rádio ONU