Em mensagem alusiva ao Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, assinalado domingo, a Caritas Europa apela à solidariedade a todos os órgãos decisores da Europa, entre Estados-membros da União Europeia e do resto do mundo, no sentido de passar das boas intenções para as boas práticas no acolhimento dos refugiados.
A Caritas Europa, organização filantrópica ligada à Igreja Católica, garante que nos próximos anos, deve focar o seu trabalho no “domínio da migração sobre a protecção da dignidade humana e dos direitos humanos dos migrantes e requerentes de asilo”.
Por ocasião da efeméride, o Papa Francisco pediu a quem teve de deixar o seu país que não perca a esperança de um mundo melhor. “Queridos amigos, vocês estão perto do coração da Igreja, porque a Igreja é um povo a caminho do reino de Deus”, disse.
“Não percam a esperança de um mundo melhor”, acrescentou, durante o Angelus, ao discursar numa janela do Vaticano para a Praça de São Pedro. “Desejo-vos que vivam em paz nos países que os abrigam, preservando os valores das suas culturas originais”, acrescentou.
“Gostava de agradecer àqueles que trabalham com os imigrantes, acolhendo-os e acompanhando-os nos seus momentos difíceis, defendendo-os daqueles que o beato Scalabrini definia como mercadores de carne humana, que querem escravizar os imigrantes”, acrescentou. “Neste momento, pensemos nos muitos imigrantes. Tantos imigrantes e refugiados, sem trabalho, sem documentos… Tanta dor! Rezemos juntos pelos imigrantes e refugiados que vivem situações muito difíceis e graves”, pediu Francisco. O bispo de Beja (Portugal), António Vitalino, defendeu que a “diversidade” associada às migrações, deve ser vista como um factor de “enriquecimento e de beleza” e não de “inveja, de opressão e guerras fratricidas”.
O bispo disse que o “egoísmo dos indivíduos e dos povos” impede as pessoas de “aproveitarem as riquezas da mobilidade”, levando-as a “tratar o outro como descartável”. “Como são belas as cidades que iltrapassam a desconfiança doentia e integram os que são diferentes, fazendo desta integração um novo factor de progresso.
Como são encantadoras as cidades que, já no seu projecto arquitectónico, estão cheias de espaços que unem, relacionam, favorecem o reconhecimento do outro”, enaltece o prelado no mesmo documento, divulgado esta semana.
Fonte: Jornal de Angola