O subsecretário-geral da ONU para os Direitos Humanos, Ivan Simonovic, afirmou que há crianças-soldados combatente no Sudão do Sul e que foram registras matanças em massa.
“As informações que nos chegam nos dão conta de matanças em massa, execuções extrajudiciais, destruições em grande escala, saques e recrutamento de crianças-soldados”, declarou à imprensa.
A ONU também afirmou nesta sexta que mais 86 mil pessoas buscaram refúgio em países vizinhos para escapar dos confrontos no Sudão do Sul desde meados de dezembro, e que o número será superior a 100 mil até o final de janeiro.
“Desde meados de dezembro, (…) mais de 86 mil sul-sudaneses fugiram para os países vizinhos. Se continuarem a chegar a uma taxa de cerca de 1.000 pessoas por dia, esperamos que o número de refugiados supere os 100 mil até o final de janeiro”, declarou um porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), Adrian Edwards, durante uma coletiva de imprensa em Genebra.
Metade de todos os refugiados, com menos de 18 anos, foram para Uganda (46.500 pessoas).
Mais de 20.600 refugiados se encontram na Etiópia, pelo menos 8.900 estão no Quênia e cerca de 10.000 no Sudão, de acordo com o ACNUR, que indica necessitar de 58,8 milhões de dólares para satisfazer as necessidades humanitárias ligadas à crise.
Para lidar com a deterioração da situação, a agência da ONU planeja construir novos acampamentos e ampliar os já existentes em Uganda, Etiópia e Quênia.
No Sudão do Sul, milhares se deslocaram para perto das fronteiras e estão dispostos a partir para o exterior, se a situação piorar, indicou Edwards, sem dar números.
Segundo a ONU, cerca de 468 mil pessoas precisaram se deslocar por causa do conflito.
Os confrontos, que ameaçam mergulhar o Sudão do Sul em uma guerra civil, foi provocado por uma disputa de poder entre o presidente Salva Kiir e seu ex-vice-presidente Riek Machar.
Os confrontos entre os dois rivais causaram quase 10.000 morte.
Fonte: Exame