Conflito armado em Angola entre 1961 e 2002 provocou a deslocação forçada de 4 milhões
Mais de 26 mil refugiados angolanos exilados nos países vizinhos vão regressar a casa até ao final deste ano de forma voluntária e organizada pelo Governo e por organizações internacionais, segundo a Organização das Nações Unidas.
Esta será a última fase do repatriamento de angolanos que vivem na Zâmbia, República Democrática do Congo, África do Sul e Botsuana, afirmou o representante do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados em Angola (ACNUR), Hans Lunshof, no final da chegada do primeiro grupo, proveniente da Zâmbia.
O funcionário das Nações Unidas explicou que quem quiser ficar no país de acolhimento pode ficar e terá o estatuto de residente, mas os que preferirem voltar para Angola serão repatriados de forma organizada e faseada até finais deste ano.
Hans Lunshof disse, citado pela Angop, que o ACNUR, em colaboração com o executivo angolano e os parceiros sociais, vai empenhar-se em fazer voltar muitos angolanos ao país ao longo deste ano.
Segundo números do ACNUR, o conflito armado em Angola entre 1961 e 2002 provocou a deslocação forçada de 4 milhões de pessoas e o exílio de outras 600 mil.
