O Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária, Ocha, alertou que chegou a 189 mil o número de deslocados internos por causa da violência no Sudão do Sul. Segundo a ONU, o número representa um aumento de 5% em 72 horas.
O Ocha disse que desde 15 de dezembro, quando começaram os confrontos étnicos no país, 62 mil pessoas procuraram abrigo nas bases da ONU.
Países Vizinhos
Mais de 22 mil sul-sudaneses fugiram para países vizinhos. A maioria foi para Uganda, seguida da Etiópia, do Sudão e do Quênia.
Segundo agências internacionais, os confrontos no Sudão do Sul, começaram no mês passado quando o governo do presidente Salva Kiir informou que soldados leais ao ex-vice-presidente Riek Machar, demitido em julho, tentaram um golpe de Estado.
Em Adis Abeba, capital etíope, as negociações de cessar-fogo continuam, desde 3 de janeiro, com o objetivo de encontrar uma solução para a crise.
O Ocha disse que cerca de 158 mil pessoas receberam algum tipo de ajuda do plano de ação humanitária. Somente no Estado de Lagos, no centro-oeste do país, mais de 67 mil deslocados receberam apoio das organizações de ajuda.
Cólera e Sarampo
A agência informou que existe a ameaça de cólera em várias regiões por causa do saneamento básico inadequado, inclusive nas bases da ONU em diversas cidades como Juba, Bentiu, Bor e Malakal.
O Ocha informou que foram registrados casos de sarampo em acampamentos para deslocados.
As organizações de ajuda lançaram um Plano de Resposta para a Crise no Sudão do Sul de US$ 209 milhões, quase R$ 500 milhões, em 31 de dezembro.
O dinheiro será usado para cobrir as operações humanitárias. Desse total, até agora, o Ocha recebeu doações de US$ 100 milhões, quase 50% do valor pedido.
Fonte: Rádio ONU