
Crianças refugiadas palestinas do campo de Ain al-Helweh, no subúrbio de Sidon, no Líbano, fazem o V da vitório neste sábado (11) após o anúncio da morte do ex-premiê israelense Ariel Sharon (Foto: Mahmoud Zayyat/AFP)
Os movimentos palestinos, inimigos políticos de Israel, celebraram neste sábado (11) a morte, aos 85 anos, do ex-premiê israelense Ariel Sharon.
“Ficamos mais confiantes na vitória com a partida desse tirano”, disse Sami Abu Zirhi, porta-voz do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, sobre a notícia.
“Nosso povo hoje sente extrema felicidade com a morte e a partida deste criminoso cujas mãos foram manchadas com o sangue de nosso povo e com o sangue de nossos líderes, aqui e no exílio.”
O fundador do Hamas, fundador, xeque Ahmad Yassin, foi morto em 2004 pelo exército israelense sob as ordens de Sharon.
“Sharon era um criminoso, responsável pelo assassinato de [Yasser] Arafat, e esperávamos que comparecesse ante o Tribunal Penal Internacional como criminoso de guerra”, disse à AFP o líder do Fatah, Jibril Rabub.
Até a morte de Arafat, em novembro de 2004, Sharon multiplicou as ameaças contra o líder palestino, alimentando as suspeitas sobre um envenenamento, algo que Israel sempre negou.

Palestinos queimam cartazes com a figura de Ariel Sharon em Khan Younis, na Faixa de Gaza (Foto: AFP)
A biografia de Sharon é repleta de outros episódios que os palestinos lembram com pesar, entre eles a massacre dos campos de refugiados de Sabra e Shatila, ambos no Líbano, em 1982.
Sharon foi considerado responsável indireto pelo massacre de palestinos nas mãos de falanges cristãs por não ter impedido a sua entrada nos campos.
Fonte: G1