Grande parte da cidade de Bor foi reduzida a escombros na luta que tem dilacerado o Sudão do Sul. Muitos dos habitantes foram forçados a deixar suas casas, fazendo com que as ruas movimentadas da cidade ficassem praticamente vazias.
No entanto, mesmo na “cidade fantasma”, o Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA) ainda teve trabalho para fazer e acaba de distribuir alimentos para cerca de 9 mil pessoas que permaneceram em Bor e buscaram refúgio em um complexo da ONU.
A história é a mesma nas cidades de Bentiu e Malakal, que junto com Bor têm sido o foco de alguns dos combates mais intensos do conflito no país mais novo do mundo.
Nessas cidades e em seus arredores, funcionários do PMA têm fornecido assistência alimentar urgente para aqueles que precisam, alcançando, em condições extremamente difíceis, mais pessoas todos os dias.
O PMA lançou uma nova operação de emergência para fornecer ajuda alimentar e salvar vidas de centenas de milhares de pessoas que buscam refúgio da violência. Desde o início da crise, em meados de dezembro, o PMA tem trabalhando com parceiros e fornecido alimentos para 178 mil pessoas.
No entanto, o número de pessoas deslocadas continua aumentando e, de acordo com as últimas estimativas da ONU, quase meio milhão de pessoas deixaram suas casas no Sudão do Sul.
“Estamos ampliando a nossa operação para onde pudermos”, disse o diretor do PMA no Sudão do Sul, Chris Nikoi. “A situação de segurança faz com que seja difícil saber de um dia para o outro onde podemos realizar distribuições de alimentos, mas estamos conseguindo operar em algumas das áreas mais atingidas – cidades como Bor, Bentiu e Leer, e, é claro, na capital, Juba, onde muitas pessoas têm buscado refúgio.”
A operação de emergência durará 3 meses e custará cerca de 58 milhões de dólares. O objetivo do PMA é fornecer suporte nutricional especializado para crianças e mães, que são mais vulneráveis neste tipo de crise, e suprimentos alimentares básicos para todos.
A agência da ONU está ajudando pessoas abrigadas em acampamentos improvisados e complexos da Organização e trabalha com parceiros, especialmente nas áreas rurais, para coordenar a resposta humanitária.
Fonte: ONU