De acordo com Al-Hamwi, as milícias que atuam na região – inclusive de extremistas religiosos que infiltram o campo de refugiados devido à sua vulnerabilidade – têm dificultado a passagem dos comboios internacionais de ajuda humanitária com ataques armados.
Suas informações foram divulgadas nesta sexta-feira (24) pela agência síria de notícias Sana, a partir de um memorando oficial à Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, com a resposta oficial do governo sírio às declarações dadas por ela na semana passada à imprensa, sobre a trágica situação no campo de refugiados de Yarmouk.
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Al-Hamwi disse que os grupos armados têm impedido a passagem dos comboios, organizados em cooperação com a Agência das Nações Unidas para Assistência e Trabalhos para Refugiados da Palestina (UNRWA), responsável pelo campo.
O bloqueio “faz parte dos esforços dos terroristas para fazer as pessoas dentro do campo morrerem de fome”, afirmou, notando que o ministro do Trabalho da Autoridade Palestina, Ahmad Majdalani, confirmou essa informação e o empenho do governo sírio em facilitar e proteger o comboio.
O ministro palestino, citado por Al-Hamwi, abordou as várias tentativas políticas dos grupos armados em arrastar os palestinos para a crise na Síria. Al-Hamwi também criticou as declarações da comissária Pillay por conter “alegações sem fundamentos” e por omitir os reais responsáveis pelo bloqueio ao campo, “os grupos terroristas”.
“Os refugiados palestinos são transformados em reféns”, disse ele, e os grupos armados são bem conhecidos por sua animosidade contra a causa do povo palestino. O memorando afirma ainda que, desde o começo da crise, o governo sírio tem afirmado a necessidade de combater a tentativa de envolver os palestinos no conflito.
O memorando também informou que o processo de entrega de assistência ao campo começou, com 200 parcelas de suprimentos, cada uma com 30 quilos de alimentos, chegando desde o dia 18 de janeiro, além da evacuação de 40 residentes, inclusive os enfermos e os idosos e outros que tenham necessidades especiais, desde quarta-feira (22).
Fonte: Vermelho