União Europeia deveria abrigar refugiados da Síria, diz ONU

terça-feira, janeiro 14, 2014

Crianças Sírias - Damasco | iKMR

Em Damasco, na Síria, crianças caminham até a escola: guerra já deixou 2,1 milhões sem casa

Segundo a ONU e comissões europeias de direitos humanos, a União Europeia  deveria abrigar os refugiados sírios .

Com a fuga em massa se tornando uma catástrofe política e humanitária, os países europeus poderiam amenizar a situação se abrissem as suas fronteiras.

Desde o começo do conflito, em janeiro de 2011, 2,1 milhões de pessoas já se deslocaram.

Segundo David Millband, presidente do International Rescue Committee, ao The Guardian , a crise síria é talvez o mais crítica desde a Segunda Guerra Mundial.

Líderes europeus têm sofrido pressão da ONU e do British Refugee Council para que flexibilizem as políticas de barrar imigrantes e aceitem, ainda que temporariamente, receber sírios em seus territórios.

A ONU diz ter 30 mil pessoas em situação crítica em países como Turquia, Líbano, Jordânia e Iraque. Receber essa parcela mais frágil já seria de grande ajuda.

O Reino Unido, entretanto, se recusou a levar a ideia adiante. O governo lembrou que já enviou 500 milhões de libras em ajuda para a região.

Enquanto isso, países vizinhos à Síria estão sobrecarregados. A Turquia, por exemplo, já recebeu 600 mil pessoas.

O Líbano recebeu 800 mil pessoas, o que é muito impactante para um país de 4,5 milhões de habitantes.

Proporcionalmente, seria como se os Estados Unidos recebessem, de repente, 60 milhões de pessoas.

Cerca de 64 mil sírios já pediram refúgio na Europa, 60% deles na Suécia e na Alemanha.

Artistas engajados

No jornal britânico The Guardian, vários artistas famosos assinaram uma carta aberta ao governo inglês , escrita pelo Refugee Council, pedindo para os refugiados sejam aceitos.

Entre as assinaturas, estavam as de Colin Firth, suas esposa Livia Firth, Emma Thompson, Michael Palin e Juliet Stevenson.

“Estamos pedindo a David Cameron duas coisas: em primeiro lugar, para reunir famílias devastadas pela guerra. (…) Em segundo lugar, para apoiar os países que fazem fronteira com a Síria, estabelecendo um programa de reassentamento”, diz um trecho do texto.

Fonte: Exame


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