Aproximadamente 6,6 milhões de crianças menores de 5 anos morreram em 2012, a maioria por causas evitáveis; 15% das crianças em todo o mundo são forçadas a trabalhar; 11% das meninas se casam antes dos 15 anos. Esses dados evidenciam violações ao direito fundamental de sobreviver e se desenvolver, de aprender e de brincar. Mostram, ainda, que estão sendo colocados em risco os direitos à saúde, educação e proteção.
Disparidades que impedem as crianças mais desfavorecidas entre os 2,2 bilhões de meninos e meninas de todo o mundo de desfrutar plenamente seus direitos estão no relatório “Situação Mundial da Infância 2014 em Números – Cada criança conta: Revelando disparidades, promovendo os direitos das crianças”, lançado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) nesta quinta-feira (30).
Ao pedir esforços e inovações para identificar e reduzir essas lacunas, o UNICEF destacou a importância do mapeamento das informações para garantir o cumprimento da Convenção dos Direitos da Criança – prestes a completar 25 anos.
“Foram os dados que tornaram possível salvar e melhorar a vida de milhões de crianças, especialmente as menos favorecidas”, afirmou a chefe da Seção de Dados e Análises do UNICEF, Tessa Wardlaw. “Só poderemos avançar se soubermos que crianças são as mais negligenciadas, onde as meninas e os meninos estão fora da escola, onde as doenças estão aumentando ou onde falta saneamento básico.”
O relatório também destaca que houve grande progresso desde a assinatura da Convenção em 1989, assim como nos esforços para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio até 2015.
Cerca de 90 milhões de crianças – que teriam morrido antes de completar 5 anos de idade caso as taxas de mortalidade infantil tivessem permanecido no mesmo nível de 1990 – foram salvas. Em grande medida, isso se deve ao progresso feito nas áreas de imunização, saúde e serviços de água e saneamento.
Melhoras na nutrição permitiram uma diminuição de 37% na ocorrência de retardo no crescimento desde 1990. Houve aumento no número de matrículas na escola primária, mesmo nos países menos desenvolvidos: enquanto em 1990 apenas 53% das crianças desses países tiveram acesso à escola, em 2011, esse índice chegou a 81%.
Fonte: ONU