Agências da ONU e seus parceiros humanitários no Sudão do Sul pediram 1,27 bilhão de dólares na terça-feira (4) para ajudar 3,2 milhões de deslocados , refugiados e comunidades de acolhimento que continuam sofrendo as consequências do conflito no país. A quantia deve ser suficiente até junho deste ano.
“A prioridade agora é salvar vidas e garantir que temos alimentos, remédios e outros suprimentos de modo que a ajuda das agências chegue antes das chuvas, o que faz com que as estradas fiquem intransitáveis”, disse o coordenador humanitário da ONU para o Sudão do Sul, Toby Lanzer, acrescentando que o Plano de Resposta à Crise foi revisado para refletir a deterioração da situação humanitária no país.
Segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), desde 15 de dezembro do ano passado, quando o conflito começou no país, 743.400 pessoas foram deslocadas de suas casas, mais de 130 mil fugiram para outros países e milhares foram mortas. Além disso, atividades como a agricultura e a pesca foram seriamente comprometidas.
Enquanto isso, uma equipe do Programa Mundial de Alimentos (PMA) está no estado de Kordofan do Oeste, no Sudão, para avaliar as necessidades dos civis que fugiram da crise no Sudão do Sul.
A agência deu rações de emergência que devem durar um mês para 7.489 sul-sudaneses que fugiram para os estados de Kordofan do Sul e Nilo Branco. O PMA está pedindo aos doadores uma quantia de 58 milhões de dólares para suas operações no Sudão do Sul. Até agora, 30% foi financiado.
Segundo a agência da ONU para os refugiados (ACNUR), cerca de 10 mil sul-sudaneses já cruzaram a fronteira para o Sudão nos estados de Kordofan do Oeste e do Sul.
O subsecretário-geral das Nações Unidas para operações de manutenção da paz, Hervé Ladsous, visitou o país no último final de semana e ressaltou que a solução política é o único caminho para acabar com os confrontos entre as tropas do presidente Salva Kiir e do ex-vice-presidente Riek Machar.
Ele reiterou a importância dos dois lados cumprirem o acordo de cessar-fogo assinado no mês passado na capital etíope de Adis Abeba.
Fonte: ONU