A comunidade internacional doou apenas 4% dos 933 milhões de dólares solicitados pelas Nações Unidas para viabilizar as operações humanitárias na Somália em 2014. O alerta foi feito em Nova York nesta terça-feira (18) pelo Escritório da ONU de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
A situação é “muito ameaçadora”, afirmou o diretor da divisão de coordenação e resposta humanitária do OCHA, John Ging. Segundo ele, o dinheiro é vital para evitar outra catástrofe como a de 2011, quando 260 mil pessoas morreram de fome.
Apesar de algumas melhorias, aproximadamente 2 milhões de somalis sofrem com a insegurança alimentar. Estima-se que 857 mil estejam em condições críticas e de emergência.
“Primeiramente, temos de trabalhar muito mais duro para levar as pessoas para um lugar onde estejam em segurança alimentar e também confiar que as condições de segurança melhorem para permitir que as pessoas regressem para suas casas e reconstruam suas vidas”, disse Ging.
A Somália tem sido dilacerada pelas lutas entre facções desde 1991, mas recentemente fez progressos para alcançar a estabilidade. Em 2011, insurgentes do Al-Shabaab se retiraram da capital, Mogadíscio, e no ano passado novas instituições governamentais foram formadas após uma fase de transição.
Fonte: ONU