Representantes do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) estiveram reunidos, na sexta-feira (14), com o defensor público-chefe da Defensoria Pública da União (DPU) no Amazonas, Edilson Santana Gonçalves Filho, para comunicar o fechamento do escritório em Manaus, uma vez que o órgão é um dos principais parceiros da agência na assistência aos refugiados.
De acordo com o representante do Acnur no Brasil, Andrés Ramirez, o oficial de proteção, Gabriel Godoy, e a assessora de proteção, Isabela Mazão, houve queda no número de solicitações de refúgio no estado. “Apesar de ainda existir grande imigração no Amazonas, o fluxo de refugiados tem diminuído, enquanto na Região Sudeste tem aumentado consideravelmente”, esclareceu Andrés Ramirez.
De acordo com informações ainda não consolidadas do Acnur, apenas no ano passado, aproximadamente cinco mil pessoas solicitaram refúgio no Brasil, a maior parte em São Paulo e no Rio de Janeiro. No mesmo período, no Amazonas, houve 60 pedidos de refúgio.
A assessora de proteção do Acnur, ex-chefe do escritório em Manaus, Isabela Mazão, informou que uma assistente social da agência continuará fazendo atendimentos aos refugiados e solicitantes de refúgio na sede da Arquidiocese de Manaus, no centro da capital. Isabela continuará sendo o contato de apoio da DPU no Amazonas, agora no escritório do Alto Comissariado em Brasília (DF).
O acordo de cooperação técnica entre a DPU no Amazonas e o Acnur, celebrado em outubro de 2012, continua vigente em Manaus. Dessa forma, além dos treinamentos conjuntos planejados para este ano, as entrevistas de elegibilidade de solicitantes de refúgio por servidores capacitados da unidade no Amazonas seguem normalmente.
O Acnur estava presente no Amazonas desde 2005, com apenas um funcionário na representação da agência. Em 2007, transformou-se em unidade de campo, passando a escritório com uma equipe de trabalho.
Fonte: DPU