Durante os 30 primeiros dias deste ano, 2.156 migrantes desembarcaram nas costas italianas. Em janeiro do ano passado, foram registados duzentos e dezassete.
Em 2013, 2.925 embarcações diversas aportaram a Itália, um aumento de 325% em relação a 2012, com 42.925 pessoas a bordo, incluindo 3.818 menores.
A maioria dessas pessoas – 37.886 – chegou à Sicília, das quais 14.753 à ilha de Lampedusa, principal porto de entrada na Europa para migrantes oriundos de África.
“A Itália foi submetida em 2013 a um fluxo em massa e incessante de migrantes provenientes de países do Magrebe e do Médio Oriente”, explicou o vice-ministro do Interior, Filippo Bubico, durante uma audição na comissão Migrações da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa.
Bubico anunciou que o Governo de coligação, dirigido por Enrico Letta desde abril passado, pretende reduzir o período máximo de permanência dos migrantes nos centros de identificação e de expulsão. Este período ronda atualmente os 18 meses.
O principal país de saída dos migrantes, que procuram uma vida melhor na Europa, é a Líbia (27.314 pessoas), Egito (9.215) e Turquia (2.077).
De acordo com declarações de refugiados à imprensa, o principal país de origem é a Síria (11.307 pessoas), que regista um aumento exponencial relativamente a 2012 (512), Eritreia (9.834), Somália (9.263) e Egito (2.618).
No ano passado, as forças de segurança detiveram 200 suspeitos de serem traficantes e apreenderam 158 embarcações.
Milhares de clandestinos, provenientes da África subsariana, Médio Oriente e Ásia Central tentam, todos os anos, atravessar o Mediterrâneo, pagando milhares de euros a traficantes sem escrúpulos.
No início de outubro passado, pelo menos 400 pessoas, incluindo muitas mulheres e crianças, morreram na sequência de dois naufrágios na zona de Lampedusa (sul de Itália).