Campo de Yarmouk, na Síria, onde 18 mil palestinos se refugiam. Foto: ONU
O comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), Filippo Grandi, pediu na terça-feira (11) que todas as partes envolvidas no conflito sírio garantam o livre acesso para a entrega de ajuda humanitária às pessoas que estão necessitadas, principalmente os refugiados palestinos em Yarmouk, no subúrbio da capital Damasco.
A Agência já entregou cerca de 6.500 pacotes de comida e 10 mil vacinas contra a poliomielite nas últimas duas semanas, mas, segundo Grandi, essa é “uma gota no oceano” em comparação com as necessidades dos 18 mil moradores do lugar.
Antes do conflito armado na Síria começar em março de 2011, em torno de 160 mil refugiados da Palestina moravam em Yarmouk. Em dezembro de 2012, quando rebeldes se estabeleceram na região e o governo armou um cerco na área, pelos menos 140 mil pessoas deixaram suas casas.
A UNRWA e seus parceiros obtiveram acesso limitado a Yarmouk nas últimas semanas, depois de não ter sido capaz de prestar assistência desde setembro do ano passado. No entanto, houve um novo bloqueio nos últimos dias e mais negociações estão em andamento.
Metade dos 540 mil refugiados palestinos na Síria foram deslocados desde que o conflito eclodiu há três anos. Cerca de 80 mil foram para outros países, em especial o Líbano, onde é mais fácil de chegar.
Grandi também chamou a atenção para a explosão que aconteceu na segunda-feira (10) em uma escola da ONU na cidade síria de Dera’a, onde 40 crianças ficaram feridas, juntamente com mais quatro funcionários da Agência. A Escola de Turaan tem um total de 270 alunos.
Fonte: ONU
