A diretora-executiva do Programa Mundial de Alimentos, PMA, Ertharin Cousin, exigiu acesso humanitário seguro na Síria.
Cousin, disse esta segunda-feira em Roma, que “os últimos dias foram agonizantes para a população da cidade velha de Homs”.
Operação Humanitária
Ela afirmou que foram difíceis também para os trabalhadores humanitários que arriscam suas vidas para levar comida, remédios e outros suprimentos para os que necessitam.
Segundo a chefe do PMA, “essa é uma operação humanitária para ajudar civis impossibilitados de sair da cidade velha”. Cousin declarou que centenas de mulheres, crianças, idosos e doentes foram retirados de Homs depois de quase dois anos de sofrimento por causa da violência.
A diretora-executiva do PMA disse que Homs é apenas uma das 40 cidades sitiadas na Síria devido à guerra civil que já dura quase três anos. Ela afirmou que aproximadamente 250 mil pessoas não recebem ajuda humanitária há vários meses.
Cousin explicou que o PMA e parceiros lutam diariamente para alimentar 4,2 milhões de pessoas por todo o país.
Esperança
Ao mesmo tempo, o Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, começou uma operação aérea para levar suprimentos de emergência para deslocados no noroeste da Síria.
Foram programados 13 voos com material de inverno, medicamentos e outros suprimentos de emergência para 50 mil pessoas que estão na região.
O Acnur vai transportar também material para a construção de dois depósitos pré-fabricados, que servirão para atender a população local.
O chefe do Acnur, António Guterres, agradeceu aos trabalhadores humanitários da ONU e do Crescente Vermelho por ajudarem na retirada dos civis de Homs.
Segundo Guterres, “isso demonstra que mesmo nas noites mais sombrias é possível oferecer um pingo de esperança às pessoas que necessitam desesperadamente de ajuda”.
Fonte: Rádio ONU