Alertando que os alimentos e suprimentos básicos estão em um nível perigosamente baixo para milhares de palestinos no campo de refugiados sitiado de Yarmouk, no subúrbio de Damasco, na Síria, a agência das Nações Unidas de assistência aos refugiados da Palestina pediu no sábado (15) acesso rápido a homens, mulheres e crianças cujas vidas estão em risco.
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) foi novamente incapaz de entregar ajuda humanitária a Yarmouk no final de semana, disse o porta-voz Chris Gunness, que explicou que a UNRWA não teve acesso ao campo desde que os combates começaram, na noite do dia 7 de fevereiro, forçando a Agência a suspender temporariamente suas atividades.
“Nós não distribuímos comida há mais de uma semana, um risco à vida dos civis presos pelo conflito e desesperadamente dependentes da UNRWA para obter alimentos e medicamentos básicos”, disse ele.
A UNRWA conseguiu distribuir mais de 6.500 cestas básicas, 10 mil vacinas contra a poliomielite e diversos outros suprimentos médicos desde 18 de janeiro, quando, depois de meses de negociações com as partes, o seu acesso à área foi restaurada pela primeira vez desde setembro.
No entanto, uma porção de alimentos dura cerca de 10 dias por família, o que faz com que a comida esteja próxima de acabar, disse Gunness, acrescentando que “dado o contexto, como a desnutrição, que é declaradamente difundida, o destino especialmente de mulheres e crianças é uma crescente preocupação”.
Antes do conflito armado na Síria, que começou em março de 2011, Yarmouk – um subúrbio ao sul de Damasco – era o lar de mais de 160 mil refugiados palestinos. Desde dezembro de 2012, os conflitos causaram a fuga de pelo menos 140 mil deles, com grupos armados de oposição estabelecendo presença na área e as forças do governo controlando a periferia da região.
“As Nações Unidas devem ter acesso humanitário seguro, substancial e sustentado para os civis sitiados de Yarmouk”, disse Gunness no sábado, acrescentando que a UNRWA está confiante com a cooperação entre as partes que permitiram à Agência retomar a ajuda aos civis em janeiro. “Nós confiamos que em breve estaremos autorizados a continuar nossas distribuições”, concluiu.
Fonte: ONU