Sírios vão estudar em universidades portuguesas

terça-feira, março 4, 2014

refugiados

Seis alunos chegam a Aveiro integrados na Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência a Estudantes Sírios. Foto: D.R.

Um grupo de 42 estudantes sírios chegou este sábado a Portugal para prosseguir os estudos em universidades portuguesas e politécnicos, no âmbito da Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência, iniciativa do ex-presidente da República Jorge Sampaio.

Os estudantes sírios foram transportados desde Beirute, capital do Líbano, numa aeronave militar C-130 da Força Aérea Portuguesa, que chegou às 4.30 horas a Lisboa, ao Aeródromo de Trânsito n.º 1, em Figo Maduro.

Os 42 sírios, que serão distribuídos por estabelecimentos de Ensino Superior de norte a sul, foram recebidos por Jorge Sampaio e pelo secretário do Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, além do chefe do Estado-Maior da Força Aérea, tenente-general Lopes da Silva, e do diretor do Serviços de Estrangeiros e Fronteiras, Manuel Jarmela Paulos.

Este é o primeiro grupo de um total de 80 estudantes sírios, entre 17 e 22 anos, aos quais a Plataforma Global para os Estudantes da Síria pretende atribuir bolsas de estudo com a duração de um ano académico, através de um fundo de emergência.

Helena Barroco, assessora de Jorge Sampaio e coordenadora desta operação em que esteve envolvida a Força Aérea Portuguesa, e que viajou com estes estudantes desde Beirute, referiu à Lusa que “um segundo grupo virá mais tarde”, mas não precisou a data.

“Há questões a definir. Primeiro, ter-se-á de ver se faz sentido que outros estudantes venham em setembro. Depois, as condições têm de ser avaliadas, pois as condições de acesso não são fáceis no que diz respeito a pontos de embarque. E há também a questão os passaportes, que, em alguns estudantes, tinham caducado”, explicou.

A Plataforma Global Para os Estudantes da Síria tem parcerias com a Liga Árabe, o Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Refugiados e o Instituto para a Educação Internacional, dos Estados Unidos.

Os estudantes sírios foram obrigados a interromper os seus estudos na sequência da guerra civil na Síria, com os rebeldes em confronto com as forças do regime de Bashar al-Assad desde 2011.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) estima que 136 mil sírios tenham morrido no conflito armado.

Fonte: Jornal de Notícias


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