Desde o início, inicialmente pacífico, em Março de 2011, a ONU calcula que pelo menos 140 mil pessoas foram mortas e metade dos 23 milhões de habitantes obrigados a abandonar as suas casas – 2,5 milhões fugiram mesmo para os países vizinhos.
O desemprego e a pobreza atingem 50 por cento da população e 5,5 milhões de crianças sofrem de doenças e malnutrição. “No momento em que mais precisávamos que os países mais relevantes se juntassem e ultrapassassem as diferenças que os separam de forma a encontrarmos uma maneira de alcançar a paz na Síria, a tensão em torno da Ucrânia, obviamente, não ajuda nada”, lamenta António Guterres, o Alto-comissário da ONU para os Refugiados.
Numa rara aparição pública, desde o início do conflito, na quarta-feira, o Presidente sírio visitou um centro de refugiados em Adra, perto de Damasco. Bashar Al-Assad foi “ouvir as necessidades” dos deslocados, aos quais garantiu que “o Estado vai continuar a ajudá-los, até que possam regressar às suas casas”. O Estado sírio viu o PIB ficar reduzido a metade desde 2010 e sobrevive graças à ajuda dos seus aliados – a Rússia e o Irão – enquanto continua a combater a rebelião, numa guerra cada vez mais esquecida pela comunidade internacional.
Fonte: Jornal de Angola