Em quatro dias, a Marinha italiana resgatou mais de 4.000 emigrantes que viajavam em barcos sobrelotados vindos da África e que tentavam chegar à Europa, via sul da Sicília (Itália).
Com a chegada da Primavera e a acalmia do mar, tem-se registado um crescente número de embarcações no mar Mediterrânico. Aliás, as operações da marinha continuam em curso e foram reforçadas.
Durante as acções de patrulha, pelo menos um refugiado foi resgatado já sem vida e dois em estado considerado crítico.
“As vítimas mostravam sinais de envenenamento por inalação de dióxido de carbono”, adiantou o porta-voz da marinha italiana.
Em 2013, triplicou o número de pessoas que tentou chegar a Itália por mar, devido à guerra civil na Síria e a outros conflitos na região do corno de África.
Em Outubro do ano passado, 366 imigrantes provenientes da Eritreia morreram afogados num naufrágio ao largo da ilha de Lampedusa.
O dispositivo “Mare Nostrum”, militar e humanitário, foi lançado em Outubro de 2013 pelo Governo italiano para reforçar a vigilância e segurança no Mediterrâneo, depois do acidente no início desse mês, em que morreram 339 imigrantes quando tentavam alcançar Lampedusa.
A operação italiana, que também passou a usar aviões não tripulados (drones) para localizar barcos suspeitos, juntou-se a iniciativas europeias como o “Frontex”.
O número de imigrantes a entrar ilegalmente em Itália triplicou em 2013, devido, em grande parte, pela instabilidade no Norte de África e no Médio Oriente.
Fonte: Renascença