Foto: corteseia de Shaam News Network/Reuters
O secretário-geral adjunto para as operações de manutenção da paz manifestou ao Conselho de Segurança a sua preocupação pela campanha que disse existir no Sudão do Sul contra a operação da UNMISS, referiu episódios de violência contra os capacetes azuis e denunciou as “mensagens públicas hostis” de membros do governo contra a missão da ONU, em violação ao acordo assinado sobre o estatuto das forças.
Hervé Ladsous referiu que “essas violações e casos de assédio devem parar imediatamente” e pediu à comunidade internacional “que trabalhe para convencer todas as partes da necessidade de os capacetes azuis poderem trabalhar com segurança em todo o país”.
O diplomata recomendou ao Conselho de Segurança o aumento do número de tropas da UNMISS até 12.500. “O objectivo da UNMISS é melhorar a protecção da população civil, que deve ser a prioridade número um das Nações Unidas, dada a deterioração da situação e o conflito entre as autoridades e as forças rebeldes”, sublinhou.
A embaixadora de Luxemburgo na ONU, cujo país preside ao Conselho de Segurança, disse que os membros do órgão “têm dúvidas sobre o aumento e querem mais informação a esse respeito”.
Sudaneses em apuros
O director das Operações Humanitárias da ONU, John Ging, anunciou que o número de sudaneses que necessitam de ajuda aumentou em mais de 40 por cento em 2013, representando pelo menos 6,1 milhões de pessoas.
John Ging disse haver “enormes necessidades no terreno” devido ao aumento do conflito e que mais da metade dos sudaneses na região do Darfur precisam de ajuda, onde pelo menos cem mil pessoas fugiram das suas casas este ano, e 380 mil em 2013, segundo a ONU.
Foto: Jornal de Angola
