O documento lembra que refugiados “passaram semanas escondidos em florestas sem acesso suficiente a água e a alimentos nas longas distâncias percorridas para se refugiarem no leste dos Camarões”. A maioria dos refugiados, salienta o texto, foge por causa das milícias anti-Balaka que exercem represálias sobre muçulmanos. Cerca de 80 por cento dos refugiados centro-africanos chegados aos Camarões, prossegue, sofrem de doenças como o paludismo, diarreia, anemia e infecções respiratórias e mais de 20 por cento das crianças de desnutrição aguda.
Muitas das crianças, sublinha o comunicado, perderam os pais pelo caminho ou depois da chegada aos Camarões e estão traumatizados pelos horrores que viveram no nordeste do seu país. O comunicado menciona um médico que afirma que em Janeiro e Fevereiro morreram 16 refugiados, seis dos quais devido a desnutrição aguda logo após a chegada aos Camarões. Dago Inegba, médico do ACNUR, declarou que uma das dificuldades é as pessoas desconhecerem a a gravidade da desnutrição e a importância de se dirigirem directamente os serviços do ACNUR ou dos seus parceiros para pedirem ajuda.
Os Camarões acolheu, desde Março de 2013, 44.252 refugiados da República Centro Africana, revela o comunicado.
Fonte: Jornal de Angola