A denúncia aconteceu antes da União Europeia anunciar o lançamento oficial da sua operação militar na RCA, na sequência do aumento da violência no país.
“O Conselho aprovou o lançamento da operação militar da UE na RCA. A força inclui mil soldados, dirigidos pelo general de divisão francês Philippe Pontiès”, refere o Conselho Europeu.
A nota indica que o envio das tropas demora algumas semanas, e que a decisão faz imediatamente passar para esta força, designada como Eufor-RCA, os polícias franceses enviados para Bangui no fim-de-semana.
A chefe da diplomacia europeia disse que o lançamento da operação “demonstra a vontade da União Europeia em participar plenamente nos esforços internacionais para restaurar a estabilidade e a segurança em toda a RCA”.
Catherine Ashton acrescentou que a missão “constitui um elemento chave da nossa abordagem global para solucionar os enormes problemas que a RCA enfrenta”, e ser essencial “que a ordem pública seja restaurada o mais rapidamente possível, para que o processo de transição política centro-africano possa ser retomado”.
A França acusou as milícias cristãs “anti-Balaka” de serem “em grande medida” responsáveis pela recente onda de violência em Bangui, que fez dezenas de mortos, e pediu a abertura de um inquérito. Paris garantiu que não há impunidade para os que cometem atrocidades e reafirmou o apoio à MISCA, “no cumprimento do seu mandato de protecção das populações civis e em aplicação da resolução 2127 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, com o apoio da operação francesa Sangaris”.
Fonte: Jornal de Angola