Há quarenta anos teve início uma limpeza étnica…

segunda-feira, abril 28, 2014

Com a devida vénia ao História Maximus

mariosoares_tubaroesSegundo o jornalista brasileiro Santana Mota, correspondente em Lisboa do diário “O Estado de São Paulo”, Mário Soares ter-lhe-à dito logo em 1973 que a solução para os brancos que viviam na África Portuguesa seria “atirá-los aos tubarões”.

“Chega sempre um momento na história em que quem se atreve a dizer que dois e dois são quatro é condenado à morte.” – Albert Camus (1913 – 1960) in «A Peste»

Foi há quarenta anos que se iniciou aquilo que acabaria por se transformar numa limpeza étnica de proporções avassaladoras e verdadeiramente humilhantes para Portugal e os portugueses. O 25 de Abril de 1974, planeado nos bastidores por mãos estrangeiras e sobre o qual ainda há muitos segredos por desvendar, foi apenas o início de um programa de limpeza étnica que a esquerda internacional tinha preparado em segredo durante anos e cujo único objectivo era varrer todos os portugueses brancos das Províncias Ultramarinas.

O plano da esquerda era simples e do mais cruel e sanguinário que se pode conceber, digno apenas das maquinações maquiavélicas engendradas pelo KGB durante décadas. Para todo o processo de limpeza étnica ter início, a esquerda necessitava apenas de uma”faísca” que pegasse fogo a todo o aparato de segurança do Império Português, de forma a que este colapsasse rapidamente sobre si próprio em favor da União Soviética que passaria a ser a nova dona da África Portuguesa.

A história determinou que essa “faísca” viesse a ser o dia 25 de Abril de 1974. Uma vez consumado o golpe, elementos afectos ao Partido Comunista Português (PCP) e a outras organizações de esquerda deram início ao processo de desmoralização das Forças Armadas comslogans do género “nem mais um soldado para as colónias” e afins.

A esquerda portuguesa pretendia fazer colapsar a ordem nas Províncias Ultramarinas o mais depressa possível de forma a que estas pudessem cair na órbita soviética antes que os Estados Unidos e o Ocidente tivessem tempo de reagir. Os brancos que viviam em África eram um óbvio obstáculo a estes planos e portanto a solução encontrada pela esquerda foi simples: eliminar os brancos.

Não tardou para que o pânico se instalasse entre a população branca que vendo-se abandonada pela soldadesca vermelha ao serviço de Moscovo, começou a emitir pedidos de socorro desesperados e a implorar por apoio militar à poderosa África do Sul e à Rodésia de Ian Smith. De nada serviram estes apelos, mas foi exemplar a forma como ambos os países receberam os portugueses em fuga que lhes chegaram às fronteiras em muitos casos apenas com a roupa que traziam no corpo.

Outros, mais infelizes e de má sorte, foram massacrados durante a fuga ou ainda antes de terem conseguido ter a oportunidade de fugir. Alguns foram queimados vivos, outros foram espancados até à morte, outros ainda morreram baleados em execuções sumárias, homens, mulheres, crianças e até bebés, todos nossos compatriotas e todos assassinados por ordem da União Soviética e com o total apoio da esquerda portuguesa.

Ninguém sabe ao certo quantos portugueses brancos foram massacrados desta forma nos anos que se seguiram ao 25 de Abril, uns falam em milhares, outros falam em dezenas de milhares. Apenas sabemos que foram muitos.

Quanto aos negros e mulatos que lutaram do nosso lado durante a Guerra do Ultramar, para esses a situação ainda foi pior, pois a esmagadora maioria não conseguiu fugir para fora dos territórios ultramarinos e ficaram sujeitos às mais terríveis represálias por parte dos “movimentos de libertação” que não gozavam de qualquer legitimidade popular, mas aos quais mesmo assim foi entregue o poder pelos mercenários da esquerda portuguesa ao serviço de interesses estrangeiros.

A limpeza étnica na África Portuguesa terminou com a fuga de cerca de um milhão de brancos. Pessoas, na sua larga maioria inocentes e cujo único crime que cometeram foi o de serem brancos. Destas coisas já não fala a esquerda portuguesa, essa mesma esquerdinha que gosta tanto de acusar os nacionalistas e a direita de serem “racistas” e de falar em “causas fracturantes”.

Mas “fracturante” mesmo foi a limpeza étnica dos nossos compatriotas brancos em África que a esquerda portuguesa promoveu. Isso sim é que foi “fracturante”. Sejamos claros, quem tem toda a responsabilidade neste processo criminoso é a esquerda e não a direita, pois foi a esquerda que tomou o poder a 25 de Abril de 1974 e foi a esquerda que teve a “faca e o queijo na mão” durante todo o infame e criminoso processo de “descolonização”. A limpeza étnica dos brancos em Angola, Moçambique e na Guiné-Bissau aconteceu porque a esquerda quis que acontecesse. Os planos foram urdidos e traçados nesse sentido propositadamente, não se tratou de nenhum acontecimento “inevitável” ou que “não poderia ser evitado” como a esquerda hoje afirma para se desculpar.

Na África Portuguesa os quadros com preparação necessária para governar e gerir a vida económica, eram na sua maioria brancos. Estes brancos, salvo excepções muito raras, nunca tiveram quaisquer simpatias pelo Marxismo e pelos revolucionários dos “amanhãs que cantam”. Logo, constituíam um travão aos interesses soviéticos em África e por esse mesmo motivo a União Soviética tomou todas as medidas necessárias para os expulsar de África e exterminá-los fisicamente se tal fosse necessário.

A revista The Economist considerou a fuga dos portugueses brancos como sendo “o maior êxodo na história de África”. Nem sequer no Congo onde entre Janeiro e Julho de 1960 a população branca caiu de 110.000 para apenas 20.000 pessoas, se viu tamanho movimento populacional como aquele que foi registado na África Portuguesa.[1]

O governo português (de esquerda…) criminosamente adiou até ao último momento qualquer ajuda ou apoio substancial a estes refugiados, tendo-os abandonado à mercê dos guerrilheiros armados dos “movimentos de libertação” que intoxicados por drogas e com o cérebro envenenado pela propaganda marxista, estavam dispostos a massacrar todos os brancos em África. Em Angola, cidades inteiras outrora prósperas e bem cuidadas, como Carmona e Malange foram abandonadas devido à fuga de quase toda a população. Malange acabou por se transformar num imenso cemitério a céu aberto com”milhares de pessoas mortas, na sua maioria africanos, que estavam ainda insepultas quando se abandonou a cidade.”[2] Alguns brancos tentaram resistir em Luanda, mas a esmagadora maioria rapidamente percebeu que a limpeza étnica de que estavam a ser vítimas era para ir até ao fim e que a única opção viável que o regime de Abril lhes havia dado era a de fugirem deixando para trás toda uma vida de trabalho.

ruaUma rua em Malange em 1975. A cidade foi praticamente toda abandonada, para trás ficaram os cadáveres em decomposição no meio das ruas…

Sob todos os pontos de vista do direito internacional, o que se passou na África Portuguesa em consequência do 25 de Abril de 1974, constitui um crime contra a humanidade e como tal deve ser considerado. O Relatório Final da Comissão de Peritos Estabelecido Conforme a Resolução 780 do Conselho de Segurança das Nações Unidas definiu a limpeza étnica como sendo:
“Uma política propositadamente concebida por um grupo étnico ou religioso, para remover a população civil de outro grupo étnico ou religioso de uma determinada área geográfica, através de meios violentos ou que inspirem terror.”[3]

Segundo esta definição dada pela própria Organização das Nações Unidas (ONU), não foi precisamente isto que sucedeu na África Portuguesa à população branca? As evidências e as provas do crime são tantas que não resta margem para dúvidas de que a descolonização da África Portuguesa foi simultâneamente uma limpeza étnica da população branca, promovida pela União Soviética e com o total apoio ou pelo menos a colaboração passiva de vários partidos da esquerda portuguesa, especialmente o Partido Comunista Português (PCP) e o Partido Socialista (PS).

É óbvio que o regime instaurado em Portugal a 25 de Abril de 1974 tudo tem feito para esconder estes crimes contra a humanidade pelos quais é directamente responsável e por isso promove o mito de que a Revolução dos Cravos foi uma “revolução sem sangue”.

Muitos “retornados” têm dificuldade em relembrar o que se passou e por isso preferem o silêncio à acção, pois não desejam reviver os traumas pelos quais passaram. Mas o facto é que existe mais do que matéria suficiente para dar origem a julgamentos no Tribunal Penal Internacional.

Um número significativo dos responsáveis pela limpeza étnica que ocorreu na África Portuguesa ainda estão vivos e alguns dos partidos responsáveis até têm assento parlamentar. Todos estes elementos criminosos já deveriam de ter sido totalmente escorraçados da vida política nacional e os responsáveis julgados em Portugal ou então deportados para o Tribunal Penal Internacional onde enfrentariam julgamento.

Apenas compreendendo tudo isto é que os portugueses poderão compreender o fanatismo da esquerda e do regime actual em promover o mito da “revolução sem sangue” e todo o folclore ridículo que anualmente se repete nas celebrações do 25 de Abril, quando os responsáveis e co-responsáveis pela limpeza étnica dos portugueses brancos em África colocam os seus cravos encharcados de sangue inocente na lapela e celebram uma das maiores tragédias da história de Portugal e da humanidade.

Esta imunda campanha de falsificação da história e branqueamento de crimes contra a humanidade que conta com o apoio da “elite de Abril”, infiltrada nas escolas, universidades, fundações e quase todos os meios de comunicação de massas, é simultâneamente um exemplo do desespero em que o actual regime se encontra. No fundo tudo isto não passa de uma gigantesca campanha de desinformação sustentada por quase toda a classe jornalística, política e universitária que continua a fazer “vista grossa” à limpeza étnica a que os brancos foram sujeitos na África Portuguesa e aos posteriores massacres da população civil negra levados a cabo pelos assim-chamados “movimentos de libertação”.

Os responsáveis em Portugal e no estrangeiro por toda esta loucura genocida poderão até escapar à justiça dos homens, mas tenho a certeza absoluta de que ao julgamento da história não escaparão. Quanto aos “revolucionários de Abril”, que a consciência lhes pese – e a terra que os cobrir também.

emSegundo a revista “Spiegel”, Mário Soares disse logo em 1974 que não hesitaria em disparar contra os portugueses brancos se estes tentassem resistir contra a limpeza étnica que lhes estava reservada pelo regime de Abril.

umaUma mãe com os seus filhos, todos visivelmente desgastados e abatidos. Segundo a esquerda portuguesa, estas crianças eram “colonialistas perigosos” e por isso tiveram de ser sujeitos a uma limpeza étnica.

grupoUm grupo de retornados ou “reaccionários fascistas” como a esquerda portuguesa os definia.
maisumMais um grupo de retornados, aparentemente despassarados e sem rumo. Dá para ver claramente que estas pessoas são tão “perigosas” para a humanidade que “atirá-los aos tubarões” é a única solução adequada para resolver o problema.
outroOutro grupo de retornados com aspecto de “vencidos da vida” após a limpeza étnica a que foram sujeitos pela esquerda portuguesa ao serviço dos “valores de Abril”.
fascistas“Retornados fascistas” a dormir no chão por cortesia dos capitães de Abril.

 

Um milhão de refugiados do Ultramar. Isto constitui um grande motivo de orgulho para a esquerda portuguesa e os capitães revolucionários de Abril a quem só faltou ser-lhes atribuído o Prémio Estaline pelos seus serviços para com a "Pátria do Socialismo".

Um milhão de refugiados do Ultramar. Isto constitui um grande motivo de orgulho para a esquerda portuguesa e os capitães revolucionários de Abril a quem só faltou ser-lhes atribuído o Prémio Estaline pelos seus serviços para com a “Pátria do Socialismo”.

duasDuas portuguesas mulatas que também foram vítimas da limpeza étnica. A esquerda portuguesa provavelmente achou que o facto de terem a pele cor-de-café-com-leite era já demasiado branco e por isso meteu-as na lista do “gado fascista para expulsão ou abate”. Ou fogem ou morrem! São ordens do camarada Brejnev!

maisaMais alguns “retornados reaccionários” que beneficiaram da “descolonização exemplar” promovida pela esquerda portuguesa. “É preciso partir os dentes à reacção” assim dizia o “humanista” Álvaro Cunhal.

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Comentários para quê?…

Fonte: Portugal Glorioso

 


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