Soldados do Exército chadiano na República Centro Africana dispararam contra uma multidão em Bangui sem terem sido provocados, matando 30 pessoas e ferindo 300, acusaram as Nações Unidas.
“Os soldados dispararam contra a multidão de forma indiscriminada”, disse um porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, quando apresentava, em Genebra, os resultados preliminares da investigação.
Rupert Colville acrescentou que a investigação determinou que os soldados envolvidos são membros do exército chadiano e não da Missão Internacional Africana de Apoio à República Centro Africana (MISCA). Este é o incidente mais grave com tropas estrangeiras na RCA desde a queda, em Março do ano passado, do Presidente François Bozizé, às mãos da então rebelião Seleka, maioritariamente muçulmana e apoiada pelo Chade.
A Amnistia Internacional pediu que o anúncio feito em Bruxelas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros chadiano sobre a retirada progressiva das suas tropas de manutenção da paz na República Centro Africana “não resulte em impunidade pelas violações dos direitos humanos cometidos no local”.
A ONG refere em comunicado que a retirada não deve garantir a impunidade aos soldados da paz chadianos responsáveis pelas violações dos direitos humanos perpetradas na RCA, cujo balanço de perdas de vidas humanas é elevado.
Fonte: Jornal de Angola