Foto de arquivo, de 5 de junho de 2013, mostra tropas do exército sírio em patrulha na cidade de Qusair, depois de capturar rebeldes, perto da fronteira com o Líbano, na província de Homs, na Síria. Foto: AP
úmero de refugiados da Síria registrados no Líbano passou de um milhão nesta quinta-feira, um número que tem causado transtornos no país vizinho por conta do esgotamento de recursos e chegou quase a um ponto de colapso, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR, na sigla em inglês).
Pouco mais de três anos depois do início do conflito na Síria, o Líbano se tornou o país com a maior concentração per capita de refugiados em todo mundo, lutando para se manter enquanto vê uma crise que não mostra sinais de desaceleração. Segundo a agência da ONU, os refugiados sírios já somam o equivalente a quase um quarto da população libanesa.
“O fluxo de um milhão de refugiados seria massivo em qualquer país. Para o Líbano, uma pequena nação assolada por dificuldades, o impacto é impressionante”, disse o chefe da UNHCR, António Guterres.
A população libanesa mostrou grande “generosidade”, mas está tendo dificuldades com a situação. “O Líbano abriga a maior concentração de refugiados na história recente. Não podemos deixar o país carregar esse fardo sozinho”, afirmou Guterres.
De acordo com a UNHCR, o fluxo está acelerando. Em abril de 2012, havia 18 refugiados sírios no Líbano; um ano depois, eram 356 mil, e agora em 2014, o número chegou a um milhão. Todos os dias, funcionários da agência registram 2,5 mil novos refugiados. Destes, quase metade – 400 mil -, são crianças em idade escolar.
O ministro libanês de Assuntos Sociais, Rashid Derbes, pediu “aos países árabes e à comunidade internacional que compartilhem esta carga sem precedentes com o Líbano, antes que a situação explosiva tome proporções mundiais”.
Segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), mais de 150.000 pessoas morreram desde março de 2011. O conflito ficou ainda mais grave nos últimos meses com os combates entre facções de oposição ao regime.
A ONU calcula em 6,5 milhões o número de pessoas deslocadas no interior da Síria e em 2,6 milhões os que foram obrigados a fugir para países vizinhos.
Fonte: Terra
