A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) declarou, nesta sexta-feira (11), estar “extremamente preocupado” com informações de que grupos milicianos estão bloqueando e atacando inocentes que fogem da violência na República Centro-Africana (RCA).
“Nas últimas duas semanas”, disse Melissa Fleming, porta-voz da ACNUR, “nossos colegas em Camarões afirmaram ter recebido refugiados com marcas de tiro e golpes de faca machete.”
Segundo relatos dos refugiados, membros do grupo de radicais predominantemente cristãos conhecido como “anti-Balaka” bloquearam vias importantes para os Camarões, forçando os civis a fugir pela a selva e, muitas vezes, os atacando durante a fuga.
“O ACNUR pede aos anti-Balaka para que parem de impedir civis de fugir em segurança para nações vizinhas”, disse Fleming. “Também clamamos aos dois lados do conflito a renunciar à violência.”
Na RCA, mais de 290 mil pessoas já fugiram para os países vizinhos em busca de refúgio contra o conflito, que começou em dezembro de 2012, com ataques de rebeldes majoritariamente muçulamos dos “Séléka”. Mais de 650 mil ainda estão deslocados internamente e 2,2 milhões – cerca de metade da população de todo o país – estão precisando de ajuda humanitária imediata.
Fonte: ONU