Acnur e ministros do Oriente Médio reforçam apelo aos sírios

segunda-feira, maio 5, 2014

Em reunião na Jordânia, representantes dizem que solidariedade internacional precisa ser muito maior, porque só a região hospeda 2,7 milhões de sírios; guerra gerou o maior fluxo de refugiados em 20 anos.

Guterres (ao centro) e ministros de países receptores de refugiados sírios visitam escola na Jordânia. Foto: Acnur/S. Baldwin

Guterres (ao centro) e ministros de países receptores de refugiados sírios visitam escola na Jordânia. Foto: Acnur/S. Baldwin

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

A guerra civil na Síria gerou o maior fluxo de refugiados em 20 anos, sendo que 9,3 milhões de pessoas ficaram deslocadas dentro do país ou foram buscar abrigo em outras nações. Os dados são do Acnur, a agência da ONU para Refugiados.

Mais de 2,7 milhões de sírios vivem agora no Iraque, Jordânia, Líbano, Turquia e Egito. Ministros das Relações Exteriores dessas nações e o alto comissário para Refugiados, António Guterres, reuniram-se esta segunda-feira mais uma vez, para pedir maior apoio da comunidade internacional.

Peso

Tanto o chefe do Acnur quanto os ministros reconheceram no encontro, na Jordânia, “que a Síria criou a maior crise de deslocamentos forçados no mundo”, o que ameaça a paz e a segurança do Oriente Médio.

Segundo os ministros, esses cinco países “carregam no ombro” o peso de hospedar refugiados sírios, e por isso é importante que mais nações recebam esses civis.

Fronteiras

Na reunião, foi feito um apelo à comunidade internacional por maior apoio bilateral, financeiro e de desenvolvimento. António Guterres e os cinco ministros pedem a outros países que mantenham suas fronteiras abertas aos sírios que buscam proteção e que facilitem o acesso legal a seus territórios.

Outra recomendação é para sistemas de visto mais flexíveis, processos de reunificação entre famílias, assentamento expandido e programas de admissão humanitária.

Os ministros e o alto comissário lembraram ser “inaceitável” o custo contínuo da guerra para os civis e lamentaram “a perda profunda” sofrida pelos sírios há mais de três anos.

Impactos

Para Guterres e os ministros, “não existe solução humanitária nem militar para a crise” e sem uma solução política, o sofrimento dos sírios vai continuar.

Segundo o Acnur, só foi financiado 25% do Plano Regional 2014 de Resposta à Síria. Com o dinheiro recebido até o momento, US$ 1 bilhão, os países vizinhos, o Acnur e parceiros conseguiram prestar assistência a milhões de pessoas.

Mas as cinco nações que abrigam refugiados precisam de apoio financeiro direto para responder ao impacto econômico e social causado com a chegada de milhões de civis aos seus territórios.

Fonte: Rádio ONU


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