Secretário-geral da ONU exigiu que as duas partes envolvidas no conflito implementem os termos do documento, em particular, o que diz respeito ao fim das hostilidades; presidente e ex-vice-presidente do país se reuniram nesta sexta-feira na Etiópia para acabar com os conflitos que começaram no ano passado.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, saudou o acordo firmado entre o presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir e o ex-vice-presidente Riek Machar para resolver a crise no país.
O documento foi assinado em reunião realizada nesta sexta-feira, em Adis Abeba, na Etiópia.
Exigência
Ban exigiu que os dois lados implementem os termos do acordo, principalmente o que diz respeito ao fim imediato de todas hostilidades.
O chefe da ONU agradeceu os esforços do primeiro-ministro etíope, Hailemariam Desalegn para mediar uma solução pacífica e sustentável para o conflito.
Ele reiterou o compromisso das Nações Unidas de ajudar a população sul-sudanesa a atravessar esse momento difícil.
Um relatório da ONU, divulgado esta semana sobre a crise no país africano indica a ocorrência de possíveis crimes de guerra e contra a humanidade.
A Missão da ONU no Sudão do Sul, Unmiss, espera que o acordo revigore o processo de paz e produza uma solução política para acabar com a violência.
Insegurança Alimentar
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, alertou este sábado que um terço da população vive em um nível de emergência de insegurança alimentar.
A agência da ONU diz ainda que algumas áreas do país correm alto risco de não terem alimentos nos próximos meses.
O primeiro acordo firmado entre Kiir e Machar em janeiro durou apenas alguns dias. Os dois lados se acusaram mutuamente de recomeçar os confrontos.
Até agora, o conflito, que começou em dezembro do ano passado, deixou 1,5 milhão de deslocados.
A ONU calcula que aproximadamente 5 milhões de sul-sudaneses necessitam de ajuda humanitária.
Fonte: Rádio ONU