Conflitos impedem entrega de ajuda essencial no Sudão do Sul, alertam agências da ONU

segunda-feira, maio 5, 2014

As agências das Nações Unidas estão pedindo que as partes em conflito no Sudão do Sul forneçam acesso seguro, permitindo a assistência humanitária para alcançar as pessoas vulneráveis, incluindo 125 mil refugiados sudaneses em Maban, no estado do Alto Nilo.

Um motorista de caminhão do Programa Mundial de Alimentos (PMA) em uma viagem de El Fasher para Shangil Tobaya, Darfur do Norte. Foto: ONU/Albert Gonzalez Farran

Um motorista de caminhão do Programa Mundial de Alimentos (PMA) em uma viagem de El Fasher para Shangil Tobaya, Darfur do Norte. Foto: ONU/Albert Gonzalez Farran

“Ainda há tempo para entregar os estoques de alimentos pela estrada, com enorme economias de escala, se o acesso seguro for garantido”, informou o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA) em um comunicado a imprensa.

“Sem acesso por estrada, as caras operações aéreas se tornarão o único recurso para a prestação de assistência humanitária urgente”, acrescentaram.

Por conta da contínua insegurança e dos conflitos ao longo das rotas de abastecimento, o PMA está sendo impedida de realizar a entrega regular dos alimentos essenciais para campos de refugiados em Maban.

Como resultado, a agência e os seus parceiros têm sido forçados a distribuir rações reduzidas nos meses de março e abril para os refugiados, que dependem em grande parte desta assistência alimentar para sua sobrevivência.

Além disso, as agências advertiram que os refugiados estão recorrendo a “mecanismos de enfrentamento negativos”, como a venda de produtos não alimentares e a queima de madeira para a construção de latrinas produzindo carvão para a venda. Ao mesmo tempo, há relatos “perturbadores” de que pelo menos 200 refugiados regressaram ao estado do Nilo Azul, devastado pela guerra no Sudão, em busca de comida e outros suprimentos básicos.

“Este pode ser o início de uma tendência preocupante, de que somos impotentes de evitar que o fornecimento de alimentos e outros suprimentos essenciais continue errado e inconsistente”, disse Cosmas Chanda, representante do ACNUR no Sudão do Sul.

Ressaltando a urgência de pré-posicionamento de abastecimento de alimentos adequados para os próximos seis meses, ele acrescentou que as estradas para Maban estão enfrentando fechamento iminente por conta do período chuvoso, que já começou.

Aumento das taxas de desnutrição

O ACNUR também está profundamente preocupado com o aumento das taxas de desnutrição entre as crianças refugiadas nos campos, que se aproxima da limiar de emergência de 15%.

Esta semana, o PMA vai distribuir os últimos estoques de alimentos remanescentes aos refugiados de Maban, que vai durar menos de uma semana. Enquanto isso, o programa vai usar aviões para trazer os estoques de alimentos adicionais para os campos dentro dos próximos cinco dias.

São mais de 2.300 toneladas de alimentos necessários a cada mês para ajudar os refugiados sudaneses e comunidades de acolhimento vulneráveis em Maban.

Fonte: ONU


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