Em declaração ao Conselho de Segurança da ONU, após relatos de que o acordo de cessar-fogo no Sudão do Sul estaria sendo violado, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, solicitou contenção de todos os envolvidos no conflito civil da nação mais jovem do mundo, e reiterou que a única saída para a crise é o diálogo político.
“Agora, a responsabilidade de acelerar o processo de paz recai sobre ambos os líderes sul-sudaneses”, afirmou o chefe da ONU, que recentemente visitou o país para alertar contra a violência e o risco de fome.
“Se o conflito prosseguir, metade da população sul-sudanesa será deslocada, dentro ou fora do país, e sofrerá com a fome e a morte até o fim do ano.”
Desde o fim de 2013, o confronto entre forças leais ao governo do presidente Salva Kiir e opositores liderados por seu ex-vice-presidente, Riek Machar, deixou quase 5 milhões de civis em condições extremas e resultou em violações de direitos humanos por ambos os lados. Só entre os deslocados contam-se 1 milhão de sul-sudaneses – 80 mil em bases na ONU no país.
Na última sexta-feira (9), um acordo de cessar-fogo foi assinado por Kiir e Machar em Adis Abeba, capital da Etiópia. Acusações recentes de violação do acordo, entretanto, ameaçam o já instável processo de paz na nação.
Fonte: ONU