O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) condenou veementemente, nesta terça-feira (6), as ações do grupo militante Boko Haram, que assumiu o sequestro de mais de duzentas estudantes nigerianas e, referindo-se a elas como “escravas”, afirmou que iria vendê-las “no mercado” ou condená-las a casamentos forçados.
“O código internacional proíbe absolutamente o trabalho escravo e a escravidão sexual”, alertou Rupert Colville, porta-voz do ACNUDH. “Esses atos podem constituir crimes contra a humanidade, e os responsáveis poderão ser presos e indiciados a qualquer hora.”
As estudantes, com idades estimadas entre 15 e 18 anos, foram sequestradas no dia 14 de abril, quando sua escola – localizada na cidade de Chibok, nordeste da Nigéria – foi invadida por insurgentes armados do grupo jihadista Boko Haram (“educação ocidental é pecado”, em tradução literal).
O ACNUDH também avisou que o fracasso das autoridades nigerianas em implementar medidas efetivas para proteger seus cidadãos desses atos extremos representará uma violação aos direitos humanos.
Segundo o Escritório, as ações do Boko Haram, especialmente aquelas direcionadas contra a educação feminina, têm se tornado “cada vez mais monstruosas”.
Fonte: ONU