Governo não dá detalhes sobre fuga; 219 meninas seguem desaparecidas.
Estudantes foram sequestradas em abril enquanto faziam prova.
Quatro meninas das mais de 200 que foram sequestradas em abril por militantes do grupo radical islâmico Boko Haram escaparam dos sequestradores, anunciou nesta quarta-feira (28) Musa Inuwa, comissário da educação do estado de Borno, na Nigéria. Outras 219 meninas ainda estão desaparecidas, segundo a autoridade.
As estudantes estavam fazendo uma prova em escola de uma vila remota de Chibok quando homens armados cercaram a escola, colocaram 276 meninas em caminhões e as levaram, no dia 14 de abril. Pouco depois, 53 meninas conseguiram escapar, disseram as atoridades de Borno, que se localiza no epicentro da área de atuação da insurgência.
Inuwa não quis dar mais informações sobre a fuga das quatro meninas, informa a Reuters.
Nesta segunda, o chefe do Estado-Maior da Aeronáutica na Nigéria, marechal Alex Badeh, que localizou as meninas sequestradas e que não usarão a força para resgatar as meninas a fim de evitar que os fundamentalistas as matem durante uma operação para sua libertação.
As famílias das adolescentes continuam sem notícias, quase dois meses depois do sequestro, enquanto o mundo inteiro se mobiliza para pedir sua libertação.
O sequestro das estudantes atraiu atenção mundial para os militantes, cuja luta violenta por um Estado islâmico no norte nigeriano já vitimou milhares e fez do grupo a maior ameaça à segurança do maior produtor de petróleo da África.
No último dia 12, o Boko Haram divulgou um vídeo com as estudantes sequestradas, afirmando que as jovens haviam sido convertidas ao Islã e destacando que as vítimas serão libertadas apenas no caso de uma troca com jihadistas detidos.
Boko Haram (“A educação ocidental é um pecado” em língua hausa), que deseja impor a lei islâmica no norte da Nigéria, matou milhares de pessoas desde 2009 e atacou escolas do nordeste do país em várias oportunidades.
A maioria dos ataques recentes foi cometido no nordeste da Nigéria, reduto histórico do grupo, onde o Exército mantém uma grande ofensiva contra os islamitas.
Fonte: G1