Ao menos 16.500 pessoas foram deslocadas ou afetadas pelos combates dos últimos dias em algumas partes do Sudão, de acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), nesta quinta-feira (1).
O quadro veio do Governo do Sudão e é baseado em estatísticas recolhidas ao longo das últimas duas semanas nos estados de Kordofan do Sul e Nilo Azul. Em resposta aos dados, o OCHA informou a ajuda que está sendo oferecida às vítimas por meio da ONU e seus parceiros.
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) e seus parceiros já distribuíram um mês de alimentos de emergência para 8.500 pessoas.
A Sociedade do Crescente Vermelho sudanês, apoiada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), estabeleceu dois centros de saúde de emergência em Rashad, uma cidade no nordeste do Kordofan do Sul.
Além disso, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a OMS apoiaram o Ministério de Saúde de Kordofan do Sul com medicina de emergência e equipamentos, incluindo saúde básica para crianças, cobrindo 10 mil pessoas durante três meses, suplementos nutricionais e serviços de água e saneamento.
Sul-sudaneses buscam refúgio em Abyei
O coordenador humanitário da ONU no Sudão, Ali Al-Za’tari, expressou sua preocupação nesta semana sobre o número crescente de pessoas do Sudão do Sul em busca de refúgio em Abyei, uma área contestada pelo Sudão do Sul e Sudão.
Nos últimos dias, cerca de 3 mil pessoas chegaram em Abyei, disse um porta-voz da ONU. Eles estão fugindo da violência no estado de Unity do Sudão do Sul, subindo para 6 mil o número total de refugiados na área.
Enquanto isso, um membro da força de paz da União Africana e da ONU em Darfur (UNAMID) foi libertado nesta quinta-feira (1), 54 dias após ser levado em custódia. O sargento Awesu Soleiman foi sequestrado em Nyala, em 9 de março.
O representante especial da ONU-UA em Darfur, Mohamed Ibn Chambas, expressou a gratidão da Missão para o Governo do Sudão, o Wali de Darfur do Sul e ao Governo da Nigéria “por sua valiosa assistência”, garantindo a libertação segura do sargento.
Fonte: ONU