O número de vítimas mortais pelo descarrilamento de um comboio de carga na semana passada na República Democrática do Congo (RDC) pode chegar a 200, informou a Cruz Vermelha.
Apesar do número oficial de mortes ser 74, a Cruz Vermelha garante que “entre 100 e 200 corpos foram enterrados em valas comuns no local do acidente porque não havia outra opção”.
O ministro congolês dos Transportes ordenou a abertura de uma investigação para determinar as causas do acidente. E acrescentou que os trabalhos de busca de possíveis vítimas continuam uma semana depois do acidente.
A Sociedade Nacional de Ferrovia do Congo apontou o excesso de velocidade como causa principal do acidente, no qual outras 50 pessoas ficaram feridas. O acidente ocorreu a 50 quilómetros de Kamina, província de Katanga, e a maioria das vítimas são comerciantes congoleses e viajantes ilegais, incluindo crianças.
Os acidentes de comboio são frequentes na RDC, cuja rede ferroviária foi criada pelos colonizadores belgas em 1960. Em Fevereiro, dez pessoas morreram quando dois comboios descarrilaram em acidentes também no Katanga.
A frequência dos acidentes, dizem especialistas, deve-se à antiguidade dos comboios e das ferrovias, e à falta de manutenção e de renovação das infra-estruturas.
Fonte: Jornal de Angola
