ONU revela que, desde 2004, não há registros de uma quantidade tão grande de pessoas sendo obrigadas a deixar o lugar onde moram, sobretudo por conta de guerras. Só em 2012 foi um cidadão a cada 4,1 segundos
Em homenagem ao Dia Mundial dos Refugiados, comemorado em 20/06, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) divulgou nesta quarta-feira (19) o relatório Deslocamentos: o novo desafio do século XXI, que aponta que, desde 2004, não há um número tão grande de refugiados e deslocados internos no mundo. Só em 2012 foi um a cada 4,1 segundos.
De acordo com o documento, até o final do ano passado, mais de 45,1 milhões de pessoas foram obrigadas a deixar o lugar onde moravam e passaram a viver na condição de refugiados ou deslocados internos. No final de 2011, o número era de 42,5 milhões - ou seja, houve aumento de mais de 6% em 12 meses.
As guerras são a principal causa dos deslocamentos forçados. 55% dos refugiados listados no relatório da ACNUR vêm de, apenas, cinco países do mundo, sendo que todos eles são afetados por conflitos bélicos: Somália, Iraque, Síria, Sudão e Afeganistão - que, inclusive, leva há 32 anos o título de principal nação de origem dos refugiados. Segundo a ONU, um em cada quatro refugiados no mundo é afegão.
Já o Paquistão aparece como o principal destino dessas pessoas, abrigando cerca de 1,6 milhão de refugiados - o Brasil abriga 4.715. Os países em desenvolvimento, inclusive, são o destino mais comum desses cidadãos: juntos, eles hospedam 81% da população de refugiados - há dez anos, essa porcentagem era de 70%.
O SOFRIMENTO DAS CRIANÇAS
O relatório da ONU revela, ainda, que menores de 18 anos representam 46% de todos os refugiados do mundo. E mais: em 2012, um número recorde de mais de 21 milsolicitações de refúgio para crianças desacompanhadas ou separadas de seus pais foi registrado pela ACNUR.
Confira o relatório Deslocamentos: o novo desafio do século XXI na íntegra, em inglês.
Fonte: Planeta Sustentável