Conflito no país mais novo do mundo já levou 95 mil civis para bases das Nações Unidas
A crise no Sudão do Sul, o país mais jovem do mundo, levou a um número recorde de refugiados, divulgado nesta quinta-feira pela ONU. Nada menos que 95 mil civis estão sob proteção nas bases da ONU no país. Trata-se de um montante recorde desde que teve início o conflito na região, deflagrado em dezembro de 2013.
- Esta é a cifra mais alta desde o início da crise, em meados de dezembro – disse o porta-voz das Nações Unidas, Stephane Dujarric.
Segundo informações divulgadas pela Missão da ONU no Sudão do Sul (MINUSS), a maioria das novas instalações construídas pela organização para receber o fluxo de civis em suas bases já está cheia ou quase cheia. Em Malakal (estado do Alto Nilo, a nordeste do país), sete mil pessoas estão abrigadas.
O conflito no país, que se tornou Estado independente em 2011 e é um dos mais pobres do mundo, teve início em dezembro e resultou na morte de dezenas de milhares de pessoas (não há números oficiais). A guerra também obrigou mais de 1,5 milhão de civis a deixar suas casas forçosamente.
Os primeiros combates aconteceram na capital, Juba, e surgiram em função de desentendimentos dentro do próprio poder central. Os conflitos foram motivados pela forte rivalidade política entre o presidente Salva Kiir e seu ex-vice-presidente Riek Machar. A disputa sangrenta se estendeu rapidamente por todo o país, em meio a atrocidades e massacres étnicos cometidos pelos dois lados.
Fonte: O Globo