O Programa Alimentar Mundial (PAM) denunciou “um fluxo contínuo de refugiados e apátridas da República Centro Africana para os Camarões”, cuja maioria “está aglomerada nos pontos de entrada do país ou em locais de trânsito”, onde aguardam transferência “para locais mais estáveis e com melhores infra-estruturas”.
A informação está no mais recente relatório do PAM sobre os deslocados internos na RCA, que revela que 575 pessoas deixaram as suas casas na capital centro-africana, Bangui, entre 19 e 23 de Maio.
O documento refere que, até finais de Maio, perto de 95 mil pessoas procuravam abrigo nos Camarões e salienta o facto de haver um aumento das dificuldades vividas pelos deslocados da RCA, que há mais de um ano regista milhares de mortos devido à violência étnica e religiosa.
Para cobrir as necessidades alimentares urgentes até Dezembro, o PAM precisa de 15 milhões de dólares para financiar as suas actividades, que enfrentam um défice de 90 por cento.
Em Maio, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) disse ter um registo de cerca de 95 mil refugiados nos Camarões. Destes, 33,4 mil estão abrigados em locais apoiados pela agência.
Calcula-se que 57 por cento dos que pediram refúgio sejam crianças, um quinto das quais com idade inferior a cinco anos.
Fonte: Jornal de Angola