Deslocada paquistanesa segura seu neto no colo. Ela fugiu de sua casa no norte do Paquistão para escapar da nova onda de conflitos.
A atual ofensiva militar perpetrada pelas tropas do governo paquistanês contra os militantes do Talibã, no norte do país, causou o deslocamento de mais de 400.000 pessoas. Esse número continua aumentando.
De acordo com o último número divulgado pelo governo, 435.429 pessoas, incluindo cerca de 183.000 crianças, fugiram das zonas de combate em Waziristão do Norte desde meados de junho. Novos deslocados estão sendo registrados em Saidgai, bem como em Khurram e Alizai, na Agência de Kurram, ao nordeste de Waziristão do Norte.
A maioria das famílias busca refúgio em diferentes partes de Bannu, Lakki Marwat, Dera Ismail Khan e Tank, na província de Pakhtunkhwa. Há também relatos de famílias que estão chegando à Punjab e à Balochistan. Quase todos os deslocados estão sendo acolhidos pelas comunidades locais.
“O governo do Paquistão e os nossos parceiros humanitários esperam que meio milhão de pessoas se desloque devido às atuais operações militares”, disse o porta-voz do ACNUR Dan McNorton aos jornalistas em Genebra. Ele disse que isso elevaria o número total de deslocados das regiões tribais do país para 1.5 milhão (incluindo os 930.000 deslocados por várias ondas de violência desde 2009).
Oficiais da ONU se reuniram essa semana com o Ministro para Estados e Regiões de Fronteira – ministério que coordena os serviços de ajuda – e ofereceram apoio para as operações humanitárias na área de proteção e registro, bem como o fornecimento de itens emergenciais de ajuda humanitária. O governo fez um pedido formal para obter assistência da ONU.
Um dos principais desafios para as agências de ajuda é o acesso às áreas onde os deslocados estão chegando. A ONU e seus parceiros fizeram um apelo para terem acesso pleno e irrestrito às populações afetadas, para, assim, poder entregar ajuda humanitária.
Por: ACNUR
