‘Copas dos Refugiados’ reunirão estrangeiros que fugiram de conflitos

quarta-feira, junho 25, 2014

Torneios em SP terão times de países como Congo, Síria, Colômbia e Mali.
‘Ideia é mostrar que Copa pode ser para todos’, diz um dos organizadores.

Refugiados atendidos pela ONG Adus, que organiza um dos torneios, jogarão em times representando seus países (Foto: Carolina Nakamura/Adus)

Refugiados atendidos pela ONG Adus, que organiza um dos torneios, jogarão em times representando seus países (Foto: Carolina Nakamura/Adus)

Em tempo de Copa do Mundo no Brasil, São Paulo vai receber outro tipo de campeonato de futebol: a Copa dos Refugiados. Nesse caso, quem vai entrar em campo são estrangeiros que vieram para cá fugidos da guerra ou da perseguição.

Serão, na verdade, duas Copas, organizadas por entidades diferentes, mas com o mesmo objetivo: aproveitar que o Mundial está sendo realizado no Brasil para reunir refugiados de vários países e chamar a atenção para a causa. Uma delas vai acontecer nos dias 5 e 6 de julho no Centro da cidade e a outra, já neste domingo (29), em um colégio particular que ofereceu seu terreno.

O torneio deste domingo vai ter a participação de sete times: Mali, Congo, Costa do Marfim, Síria, Colômbia e Haiti, além de uma equipe do Brasil formada por voluntários das ONGs que organizam o evento – o Instituto de Reintegração do Refugiado no Brasil (Adus) e o Atados – Rede de Voluntários.

Além do jogo entre os times, haverá atrações para as famílias, como apresentações de capoeira e de músicas e danças típicas de alguns países. O dinheiro para o evento foi arrecadado por uma campanha na internet.

“A ideia é mostrar que a Copa pode ser para todo mundo”, diz Daniel Morais Assunção, fundador do Atados. Segundo ele, não é preciso ter nenhuma habilidade específica para jogar. “Mas tem muita gente boa. Eles vão mandar bem”, acredita.

Afeganistão e Bangladesh

A outra Copa dos Refugiados vai durar dois dias e já tem 11 times fechados – entre eles, Afeganistão, Paquistão, Burkina Faso e Bangladesh. As equipes ainda estão sendo montadas, e a ideia é chegar a 16.

A iniciativa é de um grupo de refugiados apoiados pelas organizações Caritas e Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).

Na equipe organizadora há pessoas de dez países, inclusive uma iraquiana. O grupo ainda está arrecadando dinheiro para custear o evento, mas já conseguiu a alimentação para os jogadores e medalhas para a premiação, além de já estarem quase fechando patrocínio para os uniformes. No torneio também haverá apresentações artísticas.

Fonte: G1


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