Cúpula sobre violência sexual promete acabar com “estigma do estupro”

sexta-feira, junho 13, 2014

cupulaA cúpula de Londres sobre a violência sexual nas zonas de guerra terminou nesta sexta-feira com o compromisso de trabalhar para acabar com a “impunidade” deste delito e ajudar as vítimas para eliminar o “estigma do estupro”.

O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, concluiu hoje esta reunião de quatro dias, convocada por iniciativa do governo do Reino Unido e da atriz americana Angelina Jolie, embaixadora especial da ONU para os refugiados.

Na cúpula participaram delegados de mais de 120 países, entre eles o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, que assinaram um protocolo destinado a estabelecer ferramentas para documentar a violência sexual durante os conflitos e para legislar e atender as necessidades das vítimas.

A atriz, muito comprometida com o problema da violência sexual, se mostrou hoje convencida que o caminho iniciado em Londres ajudará a “pôr fim à impunidade” porque há uma “necessidade urgente” de atuar.

“A prova que afrontamos é que se podemos mudar a situação no terreno”, disse Jolie ao término da cúpula, na qual houve também eventos para conscientizar sobre a violência sexual e sessões plenárias com ministros para tentar um plano de ação.

“Há milhares de pessoas que vivem na sombra da violência sexual neste mesmo momento. Há conflitos onde a violência é incentivada abertamente. Enquanto estamos reunidos, enquanto falamos, vidas de jovens são arruinadas pela violência sexual na Síria, no Sul do Sudão e na República Central Africana”, afirmou.

A atriz pediu que este problema se mantenha como assunto prioritário da agenda internacional, em foros regionais e, especialmente, no Conselho de Segurança da ONU.

Segundo Jolie, para quem a cúpula foi uma “experiência emocionante”, este encontro ajudou a traçar as medidas de ação para o futuro.

Para o titular da diplomacia britânica é necessário acabar com o “estigma da violação” porque inflige “injustiça sobre injustiça” e porque é um delito “intolerável”.

Hague pediu que seja potencializado o papel das mulheres em todos os âmbitos para conseguir uma sociedade “mais forte”, ao mesmo tempo em que condenou que os direitos das mulheres ainda não estão “totalmente” reconhecidos enquanto “se tolera a violência” contra elas.

A luta contra a violência sexual é uma das prioridades de seu Ministério, o que o levou a viajar, em muitos casos acompanhado por Angelina Jolie, a zonas em conflito, entre elas na África.

O ministro louvou a “força” das vítimas dos abusos sexuais, “já sejam homens, mulheres, meninos e meninas, que abordaram suas tragédias pessoais falando do que viveram”.

Se há um resultado que sai deste encontro, indicou, é que “se mude para sempre a maneira como vemos os sobreviventes” das agressões sexuais.

Hague qualificou a reunião de “extraordinária” pois “abriu os olhos para o mundo sobre este problema”.

A cúpula, que começou na terça-feira passada e foi realizada no centro de conferências Excel, ao leste de Londres, recebeu uma grande atenção midiática pela presença da atriz americana e também o marido dela, o ator Brad Pitt.

Nestes quatro dias houve também testemunhos de vítimas de diferentes conflitos, como os da Colômbia, Síria e Congo.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se uniu à reunião através de uma breve discurso por videoconferência para dar seu apoio ao compromisso de Hague e Jolie para acabar com a violência sexual.

O Reino Unido se comprometeu a doar outros seis milhões de libras (7,4 milhões de euros) para ajudar as vítimas, que se somam a anteriores donativos de 140 milhões de libras (173 milhões de euros). EFE

Fonte: Yahoo Notícias


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